Hortência ministrou palestra motivacional para a selção feminina de basquete| Foto: Christian Rizzi / Agência de Notícias Gazeta do Povo

À frente das seleções femininas de basquete desde maio de 2009, a ex-jogadora Hortência aposta na profissionalização que vem sendo empregada na Confederação Brasileira de Basquete (CBB) - processo encabeçado pelo ex-jogador de vôlei e agora empresário esportivo José Carlos Brunoro – e na preparação de base para que a modalidade volte a "encantar o torcedor brasileiro", a exemplo de quando ela e Paula alavancaram o esporte no país.

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Qual o diagnóstico que pode ser feito do basquete feminino desde que você assumiu as equipes femininas?

Neste pouco tempo, já conquistamos posições importantes como o mundial sub-19, onde subimos no pódio em terceiro lugar e tivemos eleita a melhor jogadora da competição, a pivô Damiris, o segundo lugar na Copa América sub-16, atrás apenas dos Estados Unidos, país do basquete, também elegendo a melhor jogadora das Américas. Isso já é resultado deste trabalho que estamos desenvolvendo junto com a Confederação Brasileira de Basquete.

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Como está a atenção para o basquetebol feminino brasileiro?

Este projeto de reformulação do basquete feminino para o qual eu fui chamada prevê resultados a médio e longo prazo. Estamos começando uma nova geração. No adulto não temos muito o que fazer. O segredo está em investir na base, com planejamento, dando condições a essas futuras atletas para que elas possam mostrar os que elas sabem. Temos que fazer o país voltar a olhar para o basquete. Isso precisa ser feito com a camisa da seleção brasileira.

O trabalho segue pensando em 2016? Afinal você disse que em menos de dois anos não se faz uma jogadora que põe a bola embaixo do braço e decide o jogo.

A nossa meta é ter uma seleção totalmente renovada até 2016 visando ainda aos Jogos Olímpicos de 2020, 2024, fazendo com que o basquete brasileiro volte a ser o que era antes. Hoje participamos dos mundiais, dos sul-americanos, das copas América porque conseguimos classificar com todas as seleções, a sub-15, sub-16, sub-17, sub-18. Evoluímos 101% na participação em jogos e aumentamos o tempo de treinamento e de competições. Temos que ter um número maior de praticantes para ter opções na hora de fazer a convocação para a seleção. Isso tudo é experiência que faz diferença na hora de decidir, seja em grupo ou com uma ou outra jogadora destaque.

A seleção feminina adulta está preparada para o Pré-Olímpico e garantir a vaga para Londres-12?

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Como eu já disse, com a seleção adulta não temos muito o que fazer. Contamos com jogadoras muito boas. Confio no trabalho que o Enio Vecchi vem fazendo. Mas, caso elas não consigam a vaga agora no Pré-Olímpico da Colômbia, vamos fazer de tudo para ter um resultado melhor no Pré-Olímpico Mundial e garantir a participação em Londres. Se Deus quiser, iremos às Olimpíadas com as duas seleções [feminina e masculina]. O basquete está há muito tempo merecendo isso.