Caberá a um paranaense a honra de carregar a bandeira do Brasil e liderar a delegação anfitriã na abertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, no dia 13 de julho, no Maracanã. A escolha feita pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e anunciada ontem pelo presidente da entidade, Carlos Arthur Nuzman recaiu sobre o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, bicampeão Pan-Americano (em Winnipeg, em 1999, e em Santo Domingo, em 2003) e medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004 (melhor resultado brasileiro em uma maratona olímpica), quando ficou mundialmente famoso após ser interceptado por um fanático irlandês quando liderava a prova, se desvencilhar do intruso e continuar na corrida.
O episódio, que consagrou o nome de Vanderlei nas páginas da história dos Jogos Olímpicos, lhe rendeu a medalha Pierre de Coubertain a mais alta honraria concedida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e muito prestígio perante o COB, o que certamente influenciou na sua escolha para porta-bandeira.
A opção por Vanderlei, segundo Nuzman, aconteceu em função de tudo o que a imagem do atleta (nascido em Cruzeiro do Oeste, no Noroeste do Paraná) representa para o esporte. "Ele é um símbolo dos ideais olímpicos, do fair-play, da garra e da coragem, encarnando o espírito guerreiro de quem não se entrega nunca", justificou o dirigente durante o anúncio do "eleito". "Essa escolha é uma honra para o COB e um presente para o povo brasileiro", ressaltou.
O paranaense que, aos 37 anos, deverá disputar o seu último Pan-Americano será protagonista em dois momentos marcantes do evento: além de segurar a bandeira brasileira na cerimônia inaugural dos Jogos, no dia 29 de julho, data de encerramento, ele também correrá atrás de um inédito tricampeonato em maratonas de Pan-Americanos, representando o país na mais tradicional prova do atletismo ao lado do mineiro Franck Caldeira, vencedor da última São Silvestre.
O convite imediatamente aceito não era esperado por Vanderlei. "Fiquei muito surpreso e feliz. Jamais esquecerei esse momento", destacou o atleta, que, repetindo a estratégia que adotou antes de outras competições importantes, embarcará nos próximos dias rumo à cidade de Paipa, localizada a 2.500 metros de altitude, na Colômbia, para se preparar para a maratona do Pan. Contudo, pelo menos por hora, o pensamento de Vanderlei não está na prova de encerramento dos Jogos, mas na cerimônia de abertura.
"Sei que todos queriam estar no meu lugar, mas a bandeira brasileira vai estar em boas mãos. Já imagino o Maracanã lotado no dia da cerimônia de abertura."
Trump barra novos projetos de energia eólica nos EUA e pode favorecer o Brasil
Brasileiro que venceu guerra no Congo se diz frustrado por soldados que morreram acreditando na ONU
Não há descanso para a censura imposta pelo STF
Tarcísio ganha influência em Brasília com Hugo Motta na presidência da Câmara
Deixe sua opinião