Cesar Cielo entra na piscina do Centro Aquático de Londres hoje, às 16h09 (de Brasília), na final dos 50 metros livre, disposto a ser o sétimo membro do seleto grupo de brasileiros bicampeões olímpicos.
Para isso, o nadador recordista mundial com o tempo de 20s91, alcançado ainda no período dos maiôs tecnológicos espera, no mínimo, alcançar o tempo que garantiu o título há quatro anos nos Jogos de Pequim, de 21s30.
Se chegar à marca, dificilmente não entrará no pequeno hall nacional com dois ouros ao lado do saltador Adhemar Ferreira da Silva, dos velejadores Robert Scheidt (candidato ao terceiro nesta Olimpíada), Torben Grael e Marcelo Ferreira, além dos jogadores de vôlei Giovane e Maurício.
Entretanto, segundo o velocista, o desafio é baixar o tempo na final para 21s20. Além de Cielo, o Brasil terá também na decisão dos 50 metros o fluminense Bruno Fratus. Este fez o quarto melhor tempo da semifinal ontem: 21s63.
"Acho que 21s30 deve ser suficiente para ganhar o ouro. Agora é descansar o máximo. O que eu puder segurar de energia eu vou segurar para amanhã [hoje] fazer o melhor tempo da minha vida", confia o paulista de Santa Bárbara dOeste, que fez o melhor tempo da semifinal ontem, ao lado do americano Cullen Jones, ambos com 21s54.
Nesta temporada, Cesão como é chamado pelos amigos já chegou perto dos 21s30. Em maio, no Troféu Maria Lenk, no Rio, o brasileiro fez 21s38, o melhor tempo dele no ano até aqui (recorde da prova pós-supermaiôs).
Apesar da meta, o brasileiro, que quarta-feira ficou fora do pódio com a sexta posição na final dos 100 metros livre, prevê dificuldade na decisão. Como principais concorrentes, o recordista mundial cita, além de Jones e Fratus, o veterano americano Anthony Ervin, ouro na prova em Sydney2000.
"Vejo eu, o Bruno, o Jones e o Ervin como os favoritos às três medalhas. Mas nos 50, da raia um a oito todos podem brigar. Mas acho que esses quatro estão um pouco acima dos outros", considera.
Ainda sobre a final, Cielo afirma que será um prazer disputar o pódio com Ervin, um de seus ídolos de infância, que acompanhou no seu começo na natação. O americano havia se aposentado em 2003 e ano passado decidiu voltar às piscinas.
Em 2005, Ervin leiloou o ouro de Sydney para ajudar as vítimas do tsunami na Ásia. "É muito legal disputar a final com ele, que é um cara supergente boa, que deixa até o clima da competição mais tranquilo, não é de bancar o mau", afirma o brasileiro.
Já Bruno Fratus, mesmo sendo novato em Olimpíadas, chega à final com o discurso de subir ao pódio. O nadador, de 23 anos, apontado como uma das forças para a Rio-2016, espera baixar o tempo de 21s63 da semifinal para alcançar um pódio com quatro anos de antecedência.
"Fiz um tempo que esperava, mas amanhã [hoje] não tem jeito: se quiser pegar medalha, tenho de nadar mais rápido."
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