Vasco e Figueirense empatam em São Januário

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Na repetição do jogo anulado há dois meses, o Vasco recuperou apenas um ponto dos três conseguidos contra o Figueirense na ocasião. Nesta quarta-feira, o time carioca empatou em 3 a 3 com a equipe catarinense em São Januário, um resultado que deixou os dois na zona de rebaixamento. Ironicamente, um erro de arbitragem contribuiu para o empate, já que a bola cruzou a linha de fundo antes de Márcio Martins recuperá-la para fazer o terceiro gol do Figueirense. Ainda assim, Romário preferiu não pôr lenha na fogueira ao fim da partida:

- O (árbitro Carlos Eugênio) Simon é um dos poucos para quem a gente tem que dar credibilidade. Se a bola saiu, quem tinha de ver era o assistente (Altemir Hausmann). Eu fiz um gol no primeiro tempo e o assistente anulou. Mas eu erro gol, perco pênalti, todo mundo erra, é normal. Sendo o Simon, não tem por que desconfiar - disse o Baixinho.

Antes do lance polêmico, brilharam os atacantes Edmundo e Alex Dias, cada um em um tempo do jogo. O carinho da torcida vascaína, que saudou o ídolo como se ele ainda estivesse em São Januário, não o impediu de mostrar serviço e ser um dos protagonistas da partida. Dos seus pés saíam os melhores lances do Figueirense. E em jogada individual, ele deu a vantagem aos visitantes, aos 16 minutos: driblou Abedi na área e bateu cruzado, de pé esquerdo. Mas não comemorou.

- Foi um gol normal, como outro qualquer. Não comemorei porque respeito a entitade Vasco e a torcida, que é maravilhosa - explicou Edmundo, na saída para o intervalo.

Renato põe quatro armadores em campo

O Vasco só acordou em campo depois de sofrer o gol. Renato Gaúcho aproveitou uma contusão do cabeça-de-área Ygor para lançar, ainda aos 25 minutos, o quarto armador da equipe: Fernandinho. O time de São Januário melhorou e dominou o restante da etapa. Romário perdeu boa chance aos 29 e Fernandinho também assustou, em chute de fora da área, aos 34. Aos 41, Romário chegou a marcar, mas o lance foi mal anulado por impedimento.

Apagado no primeiro tempo, Alex Dias começou a mil por hora a etapa final. Aos quatro minutos, ele aproveitou bom cruzamento de Fernandinho e, em posição duvidosa, só escorou na pequena área para empatar, assumindo a artilharia isolada do Brasileiro, com 19 gols. Aos nove, ele quase marcou novamente em arremate que saiu à direita.

Mas Edmundo, que não tinha atuado no confronto anulado, por contusão, estava disposto a fazer a diferença dessa vez. Aos 18, ele recebeu na área pela direita e cruzou para Adriano, que dividiu com Fábio Braz e pôs o Figueirense de novo na frente: 2 a 1.

Se o Animal tinha um gol e uma assistência na partida, Alex Dias não ficou atrás. Aos 31, o camisa 7 vascaíno deu um passe milimétrico para Fernandinho bater de primeira e empatar o jogo, com direito a falha do goleiro Gustavo.

No duelo entre os craques, quem acabou decidindo foi a arbitragem. Aos 42 minutos, Edmundo furou na pequena área e a bola saiu poucos centímetros pela linha de fundo, mas Márcio Martins chutou para trás, em cima de Diego, e marcou o terceiro gol. O assistente Altemir Hausmann não marcou a saída da bola e o árbitro Carlos Eugênio Simon validou o lance. Aos 47, o árbitrou assinalou pênalti de Bebeto em Bruno Meneghel e Romário empatou de novo o jogo.

Vasco 3 x 3 Figueirense

Local: São Januário

Árbitro: Carlos Eugênio Simon (RS-Fifa)

Auxiliares: Altemir Hausmann (RS-Fifa) e José Antônio Chaves Franco (RS)

Gols: Edmundo, aos 17 minutos do primeiro tempo; Alex Dias, aos quatro, Adriano, aos 18, Fernandinho, aos 31, Márcio Martins, aos 44, e Romário, aos 47 minutos do segundo tempo.

Cartões amarelos: Michel Bastos, Abedi, Bebeto, Edmundo, Fábio Braz e Anderson do Ó

Vasco: Roberto, Wagner Diniz, Fábio Braz, Anderson do Ó e Diego; Ygor (Fernandinho), Abedi (Bruno Meneghel), Róbson Luiz e Morais (Rodrigo); Romário e Alex Dias. Técnico: Renato Gaúcho

Figueirense: Gustavo, Paulo Sérgio, Vinícius, Bebeto e Michel Bastos (Márcio Martins); Rodrigo Souto, Marquinhos Paraná, Bruno (Moreira) e Alexandre (Adriano); Edmundo e Alessandro. Técnico: Adílson Batista