Se o Vasquinho fosse o Vascão, e caso o pequeno Estádio João Derosso se transformasse no Maracanã, um grito ecoaria por todo o Rio de Janeiro: "o Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do amor!". Perdendo por 2 a 0 para o São Paulo, fora de casa, o representante do Pilarzinho foi além da igualdade do nome e da camisa e, quando tudo parecia perdido, reverteu o placar para 3 a 2, conquistando a vitória no melhor estilo do clube que o inspirou.
Mas foi apenas nos uniformes idênticos e na reação "clássica" dos visitantes que a partida, válida pela sétima rodada da Divisão Especial da Suburbana, lembrou o confronto nacional. No judiado e "descaído" campo do São-Paulinho, foram raros os momentos de técnica. Por outro lado, como ensina o manual do futebol amador, disposição não faltou.
E impulsionado pela vontade, os donos da casa abriram o marcador logo aos 18 minutos do primeiro tempo. Jonathan cruzou, o goleiro Sassá rebateu mal e Lucas pegou o rebote, chutando no cantinho. Sem grandes oportunidades para ambos os lados a partir daí, o Tricolor do Xaxim aumentou através de falta bem cobrada por Cássio, aos 41.
Na volta do intervalo, os comandados do técnico Zenildo Spock não demonstravam condições de "correr atrás do lucro". Tanto que por duas vezes esteve à pique de tomar o terceiro. O que só não aconteceu por conta do goleiro Sassá. Aos quatro minutos, ele defendeu pênalti mal cobrado por Elísio e renovou as esperanças de um resultado melhor.
Feito alcançado graças ao atacante Rodrigo, e suas investidas insinuantes pela direita além da garra do "Padre", apelido dado pela torcida local ao zagueiro vascaíno Kinho, em virtude de sua vistosa careca. Aos 15 e aos 33 minutos, o número nove da equipe da Cruz de Malta entrou na área e deixou Luciano bem à vontade, praticamente debaixo da trave: ele, Deus e a bola. Aí ficou fácil, e o garoto de cabelo raspado fez as redes balançarem.
Faltando três minutos para o término, o Vasquinho mostrou que também é o time da virada. Bola pererecando na área e Josiel fez 3 a 2. Gol que rendeu uma "bronca" do gandula Nílson no goleiro Jair. Sem cerimônia, ele invadiu a pequena área e passou um sermão no arqueiro, ainda estatelado no chão. Nílson, aliás, foi protagonista de uma verdadeira saga em busca das bolas que voavam sobre o muro.
Fim de partida, Márcio Ramos, treinador perdedor, para variar um pouco colocou a culpa na arbitragem. "O trio atrapalhou", disse. Já Spock, atribuiu o sucesso à intervenção do mano Sassá. "A defesa dele no pênalti foi fundamental", disse, dando moral para o irmão de sangue.
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