Repercussão
"Eu acho que a equipe vem, em termos de competitividade, se esforçando bastante e não tempos que reclamar disso. Hoje não tivemos muita vontade e poderia ter tido uma aplicação melhor. Acho que o time tentou, mas não teve aquele algo mais que a gente quer sempre no futebol".
Antônio Lopes: "O que tínhamos que fazer foi feito de maneira errada"______________________________
"O pensamento é no Brasileiro. Precisamos de concentração total e temos que voltar a vencer. Eu vou trabalhar para estar melhor ainda no próximo jogo".
Ramon e Danilo tentam explicar mais uma derrota para o torcedor______________________________
"Após uma falta cobrada por Ramon, o volante pegou o rebote e chutou nas redes de Silvio Luiz. Emocionado, o jogador comemorou muito o segundo gol atleticano, mas o feito pouco contribui para o placar final".
Alan Bahia volta ao Furacão. Torcedor sente a "Alexdependência"
Nem o apoio das arquibancadas - que mais tarde se transformaria em revolta e palavrões - foi suficiente para ajudar o Atlético a conquistar uma vitória em sua estréia pela Copa Sul-Americana. Na noite desta quarta-feira o Furacão foi goleado pelo time misto do Vasco por 4 a 2 e viu a crise se instalar definitivamente entre os muros Rubro-Negros.
Rondando a zona do rebaixamento do Brasileirão há tempos, o time terá uma missão complicada para tentar reverter a vantagem vascaína no Rio de Janeiro. O problema é que o Vasco não perde em São Januário desde setembro do ano passado.
O jogo
O Furacão foi a campo determinado a afastar o mau momento e decretar um renascimento nesta temporada. Animado com a possibilidade de estréia do meia Ramon, que começou o jogo do banco, 6.289 torcedores acreditaram e foram até a Kyocera Arena para apoiar o time. O começo foi avassalador e ao abrir o placar na metade do primeiro tempo, a sensação era de que a vitória finalmente viria.
O problema é que a defesa atleticana voltou a se apresentar instável e sem a segurança na meta já que Guilherme foi vendido e o inconstante Viáfara foi o escolhido para começar jogando as coisas complicaram para o Atlético. O Vasco se mostrou um adversário limitado, mas que soube como poucos aproveitar as chances que teve. Fazendo uma análise das chances vascaínas, dos cinco chutes que deu contra o gol do Atlético, quatro se transformaram gols. O resultado foi o pior possível.
Primeiro tempo de ilusão
A impressão era de que, pelos primeiros dez minutos de jogo, o Furação conquistaria uma vitória reabilitadora e até fácil esta noite. Em apenas três minutos os jogadores criaram grandes oportunidades para abrir o marcador, enquanto o Vasco se prestou apenas a esperar e tentar administrar a pressão adversária.
Aos 8 minutos de jogo Valência cruzou da direita, todo mundo do Vasco falhou e Netinho recebeu livre dentro da área. O meia fez o domínio e chutou forte, mas a bola bateu em Silvio Luiz e foi para escanteio. Na cobrança, Marcelo subiu mais que a zaga e cabeceou para nova defesa do goleiro vascaíno. Pouco depois, aos 10 minutos, Edno fez o levantamento, Dinei cabeceou e a bola passou embaixo do goleiro do Vasco. Antes de Marcelo empurrar para as redes, Rubens Júnior apareceu e fez o corte.
O Vasco não ameaçava o gol atleticano e o Rubro-Negro pressionava. Aos 23 minutos Dinei recebeu pela meia esquerda, limpou a marcação e chutou de longe. Silvio Luiz foi na bola, mas não conseguiu segurar e tomou um frangaço. A resposta não demorou muito e dez minutos depois o Vasco empatou o jogo. Andrade carregou pelo meio, driblou a marcação e encontrou Rubens Junior em velocidade pela esquerda. O lateral foi ligeiro e tocou na saída do goleiro Viáfara.
O Atlético sentiu o baque do gol e se perdeu em campo. O Vasco, que não ameaçava o gol de Viáfara com freqüência, apenas trabalhava a bola na meia cancha. Tirando lances sem perigo (que normalmente não entrariam nas estatísticas), quando conseguiu acertar o segundo chute a gol, o Vasco marcou seu segundo "tento". Marcelinho deu o passe de trivela, a zaga do Atlético falhou pela segunda vez e Abuda mandou nas redes atleticanas.
A desatenção da zaga do Furacão era evidente e a declaração de Danilo ao final do primeiro tempo foi bastante explicativa. "A gente tava marcando, mas um jogador deles vem lá de trás com a bola, pára e pensa na jogada que fará. Aí fica difícil".
Segundo tempo sofrido
Os dois times voltaram sem modificações para a segunda etapa. Os problemas de posicionamento do Atlético, principalmente pelo lado esquerdo, não foram corrigidos com substituições, mas Antonio Lopes tentou ajeitar as coisas deslocando o atacante Marcelo para marcar naquele setor, pelo menos na saída de bola adversária.
O Atlético seguiu com mais posse de bola do que o Vasco, mas eram raras as oportunidades reais de gol. O alvinegro carioca, por sua vez, também não era efetivo na frente, mas isso mudaria aos 20 minutos. Enilton entrou pelo meio da zaga e se jogou, mas o árbitro foi na dele e marcou falta na entrada da área. Andrade caprichou na cobrança e mandou nas redes de Viáfara, transformando o terceiro chute a gol, em mais um gol para o Vasco.
Vivendo uma bagunça tática, o Atlético melhorou um pouco quando os meias Ramon e Alan Bahia entraram em campo, mas a força ofensiva foi para o espaço quando Pedro Oldoni ficou isolado na frente e Marcelo tentava se encontrar no jogo, coisa que não aconteceu durante toda a partida. Aos 29 minutos o Vasco quase marcou o quarto, quando Andrade cobrou falta de muito longe e acertou o travessão de Viáfara.
A revolta tomou conta das arquibancadas quando aos 35 minutos o Vasco finalmente chegou ao seu quarto gol. Conca, que acabará de entrar, avança livre e chuta no canto esquerdo de Viáfara, que até tenta chegar na bola, mas não alcança. O Furacão chegou a diminuir a diferença no placar. Após uma cobrança de falta de Ramon, Silvio Luiz deu rebote e Alan Bahia, que re-estreou no Atlético, chutou cruzado nas redes do Vasco para dar números finais ao placar.
Confira a ficha técnica do jogo e todos os lances de Atlético x Vasco
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