Tudo bem que o Vasco perdeu por 2 a 1 para o Cabofriense, e mesmo assim se classificou às semifinais da Taça Rio. Mas resta saber qual será a desculpa da semana em São Januário após a atuação sofrível da equipe (principalmente no primeiro tempo) no estádio Alair Corrêa, na tarde deste domingo.

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Romário, de chapeuzinho, e o tão criticado oba-oba pelo milésimo gol ficaram fora do duelo. Então, qual seria o motivo para o quarto jogo sem vitória e a terceira derrota consecutiva? Sem querer levar a fama de bode expiatório, o Baixinho preferiu contra-atacar.

- Claro que eu não estou atrapalhando. Ninguém é burro. Se eu não atrapalhava até o Flamengo, vou atrapalhar agora? As pessoas mais experientes têm que ter a cabeça tranqüila para, na hora de falar, dizer algo positivo. Porque para falar besteira é melhor não dizer nada - diz. O recado tinha alvos específicos: o técnico Renato Gaúcho e o atacante Leandro Amaral.

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A crise está deflagrada e terá pouco tempo para ser solucionada. Mesmo perdendo, o Vasco ficou na segunda posição do Grupo B, com dez pontos, e agora enfrenta o Botafogo, quarta-feira, pelas semifinais do segundo turno. O jogo acontece no Maracanã, às 21h45. O Cabofriense, segundo colocado na chave A, enfrenta o Volta Redonda, na quinta-feira. Apagão cruzmaltino

Se o problema era Romário, como explicar o buraco entre o meio-campo e a defesa do Vasco? Aproveitando-se das falhas gritantes de posicionamento, o Cabofriense abriu o placar aos 11min. Marcelinho driblou três oponentes com facilidade e chutou rasteiro.

Cássio espalmou, mas Willian completou para o gol vazio. Na comemoração, o centroavante colocou uma chupeta para comemorar.

Nem com a desvantagem o time da Colina acordou. As chances dos anfitriões foram se multiplicando e Cássio evitou dois gols. Aos 21 minutos, Rubens Júnior deu uma furada ridícula e Zé Carlos, livre, chutou por cima do gol.

O massacre do time da Região dos Lagos prosseguiu e, aos 28 minutos, Zé Carlos marcou o segundo. Ele recebeu o passe na entrada da área e acertou o canto direito de Cásio.

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Leandro Amaral foi substituído, mas desta vez a mudança nada teve a ver com a mania de Renato Gaúcho de trocar jogadores no primeiro tempo. O centroavante torceu o tornozelo direito e deu lugar a Abedi. Abedi foi o primeiro a ameaçar o gol de Gatti, aos 38 minutos. Mas o goleiro fez a defesa.

Reação tardia e insuficiente...

No intervalo, Renato Gaúcho tirou o lateral-direito Wagner Diniz e colocou Guilherme. O Vasco equilibrou a partida e diminuiu aos 5 minutos. Morais levantou na área, André Dias matou no peito e chutou para fazer um belo gol.

Foi a vez de o Cabofriense sofrer um apagão. Roberto Lopes fez linda jogada, driblou Gatti e, com o gol aberto, chutou para fora.

A reação sofreu um abalo com a expulsão de Amaral, aos 19 minutos. Mas Marcelinho foi camarada e também recebeu o vermelho três minutos depois. Morais quase marcou aos 29 minutos, mas o chute passou rente à trave de Gatti. O goleiro virou herói na cidade praiana por causa de duas defesas no fim do jogo em chutes de Guilherme e Morais. No fim, Romário deixou tranqüilamente o estádio enquanto os companheiros e o técnico Renato Gaúcho vão precisar explicar mais um mau resultado.

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CABOFRIENSE 2 x 1 VASCO

Local: Estádio Alair Corrêa, em Cabo Frio (RJ)Árbitro: Agnaldo Xavier Farias (RJ)Assistentes: Jorge Luiz Campos Roxo e Dibert Pedrosa MoisésCartões amarelos: Ruy (Cabofriense), Amaral (Vasco), Cléberson (Cabofriense), Fábio Braz (Vasco)Cartões vermelhos: Amaral (Vasco)Gols: Willian, aos 11 minutos; Zé Carlos, aos 28 minutos do primeiro tempo; André Dias, aos 5 minutos do segundo tempo

Cabrofriense - Gatti, Oziel, Cléberson, Éverton e Júlio César; Marcão, Marcos Marins (Jardel), Marcelinho e Ruy (Leandro Amaro); William e Zé Carlos (Esquerdinha). Técnico: Waldemar Lemos.

Vasco - Cássio; Wagner Diniz (Guilherme), Julio Santos, Fábio Braz e Rubens Júnior (Ernane); Roberto Lopes, Amaral, Renato e Morais; André Dias e Leandro Amaral (Abedi). Técnico: Renato Gaúcho.

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