Orgulho de Ponta Grossa, o Operário parou a cidade na noite deste domingo (10), na festa pelo inédito título da Série D. Às 20h52, quando o árbitro apitou o fim da partida contra o Globo-RN, no Estádio Germano Krüger, a festa começou sem hora para acabar -- o placar final foi de 1 a 0 para os potiguares. No jogo de ida, fora de casa, o Fantasma havia vencido por 5 a 0.
A comemoração rapidamente se transferiu do campo para a Av. Vicente Machado, para onde os fãs seguiram em carreata com direito a buzinaço e bandeiras tremulando. No meio da bagunça, um torcedor vestido de fantasma fez sucesso com seu caixão marcando o adeus à quarta divisão nacional.
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Os jogadores, porém, só desfilarão no carro de bombeiros nesta segunda-feira (11).
A mobilização nos Campos Gerais, no entanto, começou muito antes. Pelas ruas de Ponta Grossa, tudo era Fantasma. Preto e branco, as cores do clube de Vila Oficinas, pintavam desde placas publicitárias até camisetas dos cavalinhos do Fantástico, vendidos aos montes a cada esquina.
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“Nunca vi a cidade vibrar tanto com o Operário”, comentou um torcedor na entrada do estádio.
Lá, o clima era de êxtase. Mais do que a vaga na Série C, a equipe levantaria a sua segunda taça em 105 anos. A primeira, no Paranaense de 2015, aconteceu longe de casa, no Couto Pereira, contra o Coritiba.
Por isso, o título diante dos torcedores tinha um gostinho especial. Além de ser mais representativo, claro, merecia uma festa caprichada. Ao todo, 8.679 pessoas pagaram ingresso para ver de perto o jogo histórico. Lotação praticamente total no Germano Krüger.
Na entrada dos jogadores, sinalizadores e fumaça branca deram o tom -- também teve show de fogos de artifício. Rodeado por crianças, o time entrou em campo aplaudido de pé, ao coro de “É, campeão”. Grito que seria repetido a noite toda.
O jogo em si foi quase um protocolo a ser cumprido. Nem o gol de Tiago Lima, aos 25/1º, assustou a torcida do Fantasma. O Globo não estragaria a noite histórica.
Não teve gol do Alvinegro, mas a festa não seria menor por causa disso. Com o título mais perto a cada minuto que se passava, o burburinho aumentava no estádio. E a comemoração começou, oficialmente, às 20h52.
25 anos depois, o Operário jogará novamente a Terceirona.
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