Pênaltis perdidos mudam o desenho do jogo
Apenas três minutos separaram os dois pênaltis marcados pelo árbitro Anderson Carlos Gonçalves, no empate entre Paraná e Operário, ontem. Ambos os lances, que poderiam ter sido fundamentais para as duas equipes, foram decisivos para a igualdade no marcador. Primeiro, aos 27, o zagueiro Chicão empurrou o ex-paranista Clênio na área. O atacante, magoado pelas poucas chances no Tricolor, bateu no canto. O goleiro Juninho precisou se esticar para pegar.
Depois, foi a vez de Toscano ser derrubado por Leonardo. Ele mesmo cobrou e, assim como no clássico com o Atlético, desperdiçou. Desta vez, a perna do arqueiro Danilo salvou. "Tenho que ser sincero: escolhi bem o canto, mas foi por sorte que a bola não entrou", revelou o camisa 1 do Fantasma.
Pouco depois do artilheiro paranista não converter sua cobrança, Márcio Diogo começou a jogada do gol. Toscano bateu em cima de Danilo e a sobra ficou com Pará, que, de longe, balançou a rede.
O segundo tempo, no entanto, foi dos visitantes. Após uma bobeira da zaga, aos seis, Clênio apareceu livre na frente de Juninho e empatou.
O Alvinegro se mostrou superior e, apostando em rápidos contragolpes, teve pelo menos mais três boas oportunidades para virar, com Clênio, Digão e Marcelinho. A frase do lateral-direito Jefferson, ao fim do duelo, resume mais um tropeço dos paranistas em casa. "Não tem o que falar. É jogar mais e falar menos", reclamou, ao tentar escapar das vaias que tomaram conta do estádio.
Paraná 1 X Operário 1
Mais uma vez a falta de pontaria foi crucial para o Paraná. Com várias oportunidades desperdiçadas, especialmente no primeiro tempo, e novamente com Marcelo Toscano perdendo um pênalti, o Tricolor só empatou com o Operário Ferroviário, ontem, na Vila Capanema (1 a 1). Sob muitas vaias, os paranistas saíram de campo carregando nas costas o quinto jogo sem vitória no Estadual o terceiro em casa , além de uma dose a mais de pressão para enfrentar o líder Coritiba, longe da torcida, no próximo domingo.
Ao todo, contando com o confronto com o Cerâmica, pela Copa do Brasil, a série sem vencer aumentou para seis partidas. Em todos os duelos, um ponto em comum com o que foi demonstrado diante do Fantasma: constantes erros de finalização e pouca criação.
Para o Tricolor, além de voltar a vencer, o confronto com o Alvinegro teria uma importância extra. Antes do jogo as duas equipes estavam empatadas com nove pontos, quem vencesse daria um grande salto na tabela e deixaria o rival estagnado.
No entanto, quem lucrou com o empate foi a equipe do técnico Norberto Lemos. No ano passado, quando dirigia o Rio Branco, ele já havia batido o Paraná no Durival Britto. Desta vez, ao empatar, adiou a recuperação paranista. De novo, o discurso não virou realidade.
O gol de Pará (39/1º) deu a falsa impressão de que a vitória viria. No segundo tempo, porém, quem ditou o ritmo do jogo foram os visitantes. Aos seis, o atacante Clênio, que há poucos dias entrou em acordo para deixar a Vila Capanema, balançou a rede de Juninho. Antes, o próprio avante também havia cobrado uma penalidade nas mãos do arqueiro paranista. Mas, do gol em diante, foi o Fantasma quem assustou.
"Foi um primeiro tempo de um jeito e uma segunda etapa totalmente diferente. Faltou controle emocional e personalidade", disse o técnico Marcelo Oliveira, ao sair de campo ao som de vaias e de xingamentos. Mesmo com a cobrança por resultados aumentando exponencialmente a cada tropeço, ele garante que permanece com seu trabalho. A diretoria, em princípio, segue a mesma linha.
O comandante do time pontagrossense, Norberto Lemos, por outro lado, não escondia a felicidade pelo resultado de igualdade. Depois de uma bronca no intervalo, sua equipe passou a encurralar o Tricolor. "No segundo tempo tocamos a bola, começamos a jogar futebol", explicou. "Entramos no ritmo, mais ligados. Infelizmente não conseguimos virar, mas o empate fora de casa ainda é um bom resultado", emendou o ala-direito Lisa, sobre a atuação alvinegra, enquanto era saudado pela pequena torcida visitante. Coisa que do outro lado não aconteceu. Pelo contrário.
* * * * * *
Veja a ficha técnica do jogo Paraná X Operário
Em Curitiba
Paraná
Juninho; Chicão (Wellington Silva), Diego Correia e Luís Henrique; Murilo, Edimar, João Paulo, Vinícius (Luiz Camargo) e Pará; Márcio Diogo (Jefferson) e Marcelo Toscano.
Técnico: Marcelo Oliveira.
Operário
Danilo; Leonardo, Flamarion e João Renato; Lisa, Serginho Paulista, Serginho Catarinense, Marcelinho (Ítalo) e Digão; Dyego Souza e Clênio (Davi Ceará).
Técnico: Norberto Lemos.
Estádio: Vila Capanema. Árbitro: Anderson Carlos Gonçalves. Gols: Pará (P), aos 39/1º e Clênio (O), aos 5/2º. Amarelos: Chicão e Luiz Camargo (P); Davi Ceará, Flamarion, Leonardo e João Renato (O). Público pagante: 1.457 (1.957 total). Renda: R$ 23.150.
Lula tenta se aproximar do favorito à presidência da Câmara, mas Hugo Motta quer independência
Guinada da Meta pode forçar desvio de rota de STF e Lula quanto à censura nas redes
Enquete: você acredita que a censura nas redes sociais vai acabar após a declaração de Zuckerberg?
Maduro sugere uso de tropas do Brasil para “libertação” de Porto Rico
Deixe sua opinião