Vendas bancam o Tricolor até maio

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A venda de dois jogadores revelados na base garante ao Paraná o custeio do futebol profissional até o mês de maio. Só a ida do meia Giuliano para o Internacional, no final de dezembro, rendeu R$ 2 milhões em 15 parcelas.

O valor não era suficiente para cobrir os custos com elenco e comissão técnica – atualmente, em torno de R$ 400 mil mensais – e pagar os gastos com a estrutura para treinos e jogos do Tricolor no Estadual. A venda do atacante Rodrigo Pimpão para o Vasco, concretizada na quarta-feira, chega em boa hora para não deixar o clube no vermelho, ao menos nos primeiros meses do ano. "Com a venda dos dois jogadores, conseguimos manter a estrutura do futebol até maio", afirmou o vice de futebol Márcio Villela.

Ele explica que, na negociação dos dois pratas da casa, o Tricolor receberá as parcelas em valor decrescente, o que assegura um montante maior nos primeiros meses de recebimento. O Paraná não divulga os valores da venda de Pimpão, mas o valor estimado é de R$ 1,7 milhão. "Receberemos oito parcelas", afirmou o presidente do clube, Aurival Correia.

Com as contas justas e o orçamento sendo reavaliado na ponta do lápis a cada mês, a diretoria paranista descarta empregar parte da renda das negociações na contratação de reforços. Novos rostos devem aparecer na Vila Capanema quando acontecer um alívio na folha de pagamento. Um deles foi confirmado ontem: o empréstimo do atacante Leonardo para o Avaí, até o final do ano. Na negociação, o Tricolor ganhou uma extensão de um ano no vínculo com o atleta, que hoje é válido até 2 de janeiro de 2010.

"A saída do Leonardo me permite o acerto de um novo atleta. Vamos avaliar as peças que serão necessárias", disse Villela. O mesmo vale caso o Paraná não renove o contrato do meia Lenílson e do atacante Abuda ao final do Parananese.

O dirigente destaca que a venda dos dois garotos revelados na Vila Capanema também vai pagar as rescisões de contrato dos dispensados. O vínculo mais longo entre as dispensas era com o atacante Fábio Luís, assinado com vigência até 31 de dezembro de 2011.