Yokohama O mundo estava preparado para Ronaldinho e o Barcelona serem coroados como os mais novos campeões do Mundial de Clubes da Fifa, em uma festa azul-grená. Mas viu o Internacional e o reserva Adriano, de uniformes brancos, avermelharem a conquista e deixarem a sala de troféus do clube à altura do seu nome.
O Inter é o mais novo clube campeão do mundo. Já se avizinhava uma inesperada prorrogação quando, aos 36 minutos do segundo tempo, um gol nascido em um contra-ataque sacramentou o 1 a 0 que derrubou o favorito espanhol e pôs definitivamente o clube gaúcho entre os maiores da história.
O inédito título mundial obtido ontem, em Yokohama, também serviu para igualar duas das maiores rivalidades da história do futebol.
Uma delas é local. Após 23 anos o Inter, enfim, conseguiu derrubar o argumento de seu arqui-rival Grêmio para se gabar de ser o único time gaúcho realmente globalizado.
A outra, internacional: o título do Colorado é o nono obtido por um time brasileiro, o mesmo número de conquistas argentinas agora os dois países são os maiores detentores de troféus de Mundiais entre clubes.
O fato de se igualar ao maior rival não foi esquecido nem mesmo pelos jogadores, que em campo anularam o maior craque já produzido no Estádio Olímpico. "Os gremistas vão ter de nos engolir, como já dizia o Zagallo", brincou o ala Ceará.
Outro que aproveitou para tirar uma casquinha foi o meia Alex, que passou pela área de imprensa proferindo alguns palavrões contra os gremistas.
O feito dos gaúchos manteve ainda uma escrita. Desde que a Fifa criou o torneio com sua chancela, apenas times do Brasil foram ao lugar mais alto do pódio: Corinthians (2000), São Paulo (2005) e agora o Inter.
Mas se para o time brasileiro o dia foi de festa, para o Barcelona a decepção foi enorme. Pela segunda vez o clube catalão chega à final e perde. O chamado "Time dos Sonhos 2" não foi além do que fizera o seu antecessor em 1992, derrotado pelo São Paulo.
Em especial, a porção maior da amargura pela derrota ficou para Ronaldinho. Prestes a ser entronado como o melhor jogador do mundo pela terceira vez seguida, ele fecha 2006 com fracassos em duas das três principais competição que disputou: a Copa do Mundo, com o Brasil, e o Mundial de Clubes.
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