Roma - Uma olhada no quadro de medalhas deixa claro que o Brasil obteve em Roma sua melhor campanha em Mundiais de esportes aquáticos. Foram dois ouros e uma prata, feito inédito, melhor resultado desde 1982. O país terminou na oitava posição.
A equipe também atingiu seu maior número de finais (18) e mostrou algo que faltou a gerações passadas: versatilidade. O tradicional bom desempenho no crawl, de Gustavo Borges e Fernando Scherer, ganhou a companhia de um peitista. Felipe França conquistou prata.
O borboleta emplacou quatro finalistas, e Gabriella Silva atingiu o melhor resultado feminino de todos os tempos: quinto, nos 100 m. Fabíola Molina foi finalista no costas, e os dois revezamentos 4 x 100 m medley e o 4 x 100 m livre também chegaram a decisões em Roma.
No medley, Thiago Pereira alcançou dois quartos. O Brasil obteve 32 quebras de recordes sul-americanos.
"O primeiro impacto do resultado é a credibilidade. Essa geração foi bandeirante em pegar resultado nacional e transformar em internacional. Perceberam que nossa piscina é do tamanho do mundo", disse Ricardo de Moura, superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.
O dirigente crê que o "efeito Cielo" também ajudou a equipe a adquirir confiança. A final dos 100 m livre teve ele e Nicolas Oliveira. O mesmo ocorreu com França e João Jr. nos 50 m peito. Apenas em 1982 dois brasileiros haviam disputado juntos uma final de Mundial. Ricardo Prado e Rojer Madruga nadaram os 400 m medley.
A CBDA recebe por ano cerca de R$ 15 milhões entre verba da Lei Piva, proveniente das loterias, e patrocínio dos Correios. A entidade prometeu aos medalhistas em Roma R$ 20 mil (ouro), R$ 15 mil (prata) e R$ 10 (bronze). Gastará R$ 65 mil.
Cielo também ganhará US$ 25 mil da organização pelo recorde dos 100 m.
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