O feriadão de Finados começou iluminado para a torcida atleticana. Numa das melhores partidas do ano, o Furacão venceu o Vasco da Gama por 6 a 4, nesta quarta-feira na Arena da Baixada. Apesar do tempo instável, mais de 11 mil torcedores viram uma "chuva" de gols no Caldeirão.
O Vasco mostrou qualidade e foi um adversário que ressaltou muito a bela vitória atleticana. O Furacão subiu para 46 pontos e se aproxima da almejada zona de classificação da Libertadores da América. No sábado, o Atlético enfrenta o Flamengo no Rio de Janeiro.
Furacão "com alma"
A ausência do atacante Denis Marques parecia que iria fazer falta ao Atlético. Isso no primeiro tempo, quando Paulo Rink não conseguiu prender a bola e o ataque atleticano criou pouco. O Vasco usava o contra-ataque e foi melhor na primeira etapa.
Ramon, com o estilo de jogo cadenciado, passava bolas milimétricas para Jean e Leandro Amaral. Jean desconcertava a zaga atleticana com dribles para todos os lados. Mesmo sem jogar melhor no primeiro tempo, o Atlético saiu na frente do placar.
Na primeira jogada com velocidade, Marcos Aurélio recebeu na área e chutou em cima da zaga. Evanílson veio na corrida e soltou um petardo de primeira para estufar as redes de Cássio. Aos oito minutos, a vitória parecia que viria facilmente para o Atlético. Os três pontos vieram, mas os jogadores paranaenses suaram para conquistar a vitória.
O empate do Vasco veio num lance de categoria. O escanteio foi cobrado curto, Ramon viu que na área só tinham zagueiros atleticanos e chutou direto para o gol. A bola fez a curva e entrou no ângulo de Cléber, aos 17 minutos. O gol animou os cariocas que ficaram mais bem posicionados no gramado.
Errando lançamentos, sem a bola passar pelo meio campo, o Atlético já não atacava com perigo. Aos 41 minutos o Vasco mostrou a sua arma secreta na bola parada. Andrade cobrou falta perto da entrada lateral da área. A violência da batida fez a bola descrever um caminho inusitado e encontrar as redes de Cléber. Vasco 2 a 1 no placar e a primeira virada no jogo.
O Atlético ainda perdeu uma chance incrível de empatar no primeiro tempo. Ferreira deixou Alan Bahia à vontade para marcar, na marca do pênalti, mas o volante chutou para cima. Nenhum time mexeu para o início do segundo tempo. No entanto, Vadão mudou o espírito dos jogadores atleticanos.
O time voltou avassalador e logo aos oito minutos empatou o jogo. Em linda jogada individual, Marcos Aurélio fuzilou de fora da área e marcou o segundo do Furacão. Com uma pegada "infernal" o Atlético buscava a bola em todos os cantos do gramado e chegou à vantagem no placar aos 17. Triangulação perfeita e Cristian tocou de primeira para Marcos Aurélio marcar o seu segundo gol e o terceiro do Furacão.
Jogada foi em altíssima velocidade e com muita qualidade técnica. Mais um belo gol para a galeria Rubro-Negra. Novo susto aos 22. Ramon deu mais um passe com maestria e deixou Leandro Amaral pronto para chutar e empatar novamente o jogaço.
A partida estava tão imprevisível que o Vasco virou o placar novamente. Em outra pedrada de Andrade de falta, o time carioca marcou o quarto, aos 27. A bola ainda passou por cima da cabeça de João Leonardo que viu a bomba e preferiu tirar sua cabeça da trajetória do "míssil". Resultado: Cléber novamente não viu a cor da bola.
Atrás do placar, Vadão mexeu por atacado para dar gás novo no Atlético. Saíram Paulo Rink e Erandir aos 29, para as entradas de Pedro Oldoni e Válber. No minuto anterior ao quarto gol do Vasco, Cristian havia saído para a entrada de William. Cartada decisiva do técnico atleticano.
Com gás renovado o Atlético passou na frente do placar para não largar mais. Válber cobrou falta na área, aos 32, e Danilo subiu sozinho para cabecear e empatar o jogo. A torcida ainda comemorava quando Ferreira meteu o quinto, também de cabeça. Evanilson, que fez uma grande partida, cruzou na medida para o baixinho colombiano virar o placar pela quarta vez. Tome fôlego, falta pouco...
O jogo estava 5 a 4 quando Pedro Oldoni recebeu na área e girou para definir o placar e fechar 10 gols na noite inspirada da Arena. Aos 46 minutos Cássio pegou a última bola no fundo da sua meta. Uma partida para entrar na história do futebol brasileiro e mostrar para quem quer ser jogador de futebol. Pelo menos os atacantes, os zagueiros não.
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