O alemão Sebastian Vettel passeia pela pista de Spa-Francorchamps, preferida dos pilotos e ótima para a aerodinâmica da Red Bull| Foto: Van De Vel/ Reuters
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Sebastian Vettel não soube responder, depois da bela vitória no GP da Bélgica, se a volta do seu veloz ritmo de corrida, semelhante ao da primeira metade da temporada, decorreu do avanço da Red Bull ou das características do circuito de Spa-Francorchamps, favoráveis aos modelos projetados pelo diretor-técnico da equipe, Adrian Ne­­wey. Contrariamente à tradição da prova, ontem não choveu, o que permitiu espetaculares ultrapassagens.

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A resposta à questão é determinante para o que pode se passar nas sete etapas restantes do campeonato, a começar pela do dia 11, no veloz traçado de Monza, na Itália, casa da Ferrari, quarta colocada ontem com Fernando Alonso, e oitava com Felipe Massa.

Mark Webber, companheiro de Vettel, segundo no GP da Bélgica, confessou a apreensão do time antes da prova de Spa. "Havia tensão. Algumas pistas que também deveriam ser favoráveis a nós, como Silverstone, acabaram não sendo."

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Para Vettel, o carro se tornou mais rápido onde normalmente não era: "no primeiro e terceiro segmento do circuito", pontos em que a velocidade nas retas é o mais importante.

Jenson Button, da McLaren, poucas vezes expressou tanto desapontamento. Completou o pódio em terceiro, após largar em 13.º. "É uma pena. Tínhamos velocidade para desafiar esses dois rapazes", disse, olhando para Vettel e Web­­ber. A opinião parece proceder, o que permite imaginar que o terço final do campeonato vai ser mais semelhante às corridas em que Red Bull, McLaren e Ferrari lutaram pela vitória, do que à conquista tranquila de Vettel ontem.

A corrida de Bruno Senna, em sua estreia na Lotus Renault, não teve o brilhantismo do treino classificatório, sábado, quando obteve o sétimo lugar. Já na largada, se en­­volveu em um acidente que tirou da prova Jaime Alguer­­suari, da Toro Rosso, e quase afetou também Fernando Alonso. "Vou ligar para o Jaime e pedir desculpa", disse Bruno, punido com uma passagem pelos boxes. "Eu nunca tinha simulado uma largada no seco com o carro da Renault. Choveu o tempo todo aqui em Spa, só hoje [on­­tem] tivemos pista seca", justificou.

Se havia alguém feliz, além de Vettel, era Michael Schumacher. O heptacampeão largou em 24.º e úl­­timo e recebeu a bandeirada em quinto. O GP da Bélgica tinha forte caráter emotivo para o alemão: foi na lendária pista, favorita da maioria dos pilotos, que estreou na F1, em 1991, pela Jordan, e modificou a história da categoria.