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O Atlético entrou em campo para conquistar a quarta vitória consecutiva, abrir uma vantagem considerável da zona de rebaixamento e começar a pensar em vôos mais altos. Acabou tomando a maior goleada da história da Arena, um vexatório 5 a 0 aplicado pelo Botafogo – os cariocas sim ganharam a quarta seguida. Resultado que tornou novamente nebuloso o futuro rubro-negro no Brasileiro.

Nem tanto pela classificação, afinal o time perdeu apenas uma posição e continua três pontos acima da faixa de risco. O que preocupa é a apatia demonstrada.

Depois da vitória de quarta-feira sobre o Santos, melhor jogo do Atlético no campeonato, todos no clube usaram palavras como garra, vontade e determinação para explicar a arrancada que tirou a equipe dos últimos lugares.

Porém tais virtudes não acompanharam o Furacão ontem. Contra um adversário teoricamente mais fraco do que o último, passou a impressão de que esperava ganhar ao natural e em nada lembrou o time aguerrido que mal deixou o Peixe respirar.

O fator determinante no desastre foi a expulsão boba do volante Cristian, aos 28 minutos. Mas a esta altura o Botafogo já vencia por 1 a 0, gol do ex-atleticano Lima de cabeça, aproveitando o rebote após falha do goleiro Cléber.

O cartão vermelho foi a senha para o alvinegro carioca passar por cima. Aberto em busca do empate, o Rubro-Negro se tornou presa fácil para o ataque botafoguense, que matou o jogo em seis minutos.

Primeiro Zé Roberto fez fila e deixou Reinaldo na cara do gol para marcar (38’). Depois Ruy cruzou da direita e o atacante cabeceou sem chances para Cléber (42’). Atordoada, a defesa atleticana ainda viu Lima enfiar para Zé Roberto tocar na saída do goleiro (44’). Ainda no primeiro tempo, o Fogão já havia devolvido o placar do primeiro turno, no Maracanã.

Era um daqueles jogos nos quais, se pudesse, o treinador mudaria quase o time inteiro no intervalo. Mas Vadão só pôde deixar André Rocha, Alan Bahia e Marcos Aurélio no vestiário – entraram William, Erandir e Fabrício.

Ainda apoiado pela torcida, o Rubro-Negro até esboçou uma pressão. No entanto, o ímpeto foi diminuindo e, depois dos 20 minutos, era claro que o time havia aceitado a derrota. Os cariocas, que optaram por administrar a ótima vantagem, em determinado momento chegaram a tocar a bola por três minutos sem incômodo.

Ainda houve tempo para Lima fazer o quinto e, até certo ponto constrangido, declarar: "O resultado foi um absurdo, nunca tinha visto isso aqui não!"

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Em CuritibaAtlético x Botafogo

AtléticoCléber; André Rocha (Erandir), Danilo, João Leonardo e Ivan; Marcelo Silva, Alan Bahia (Fabrício), Cristian e Ferreira; Marcos Aurélio (William) e Denis Marques. Técnico: Oswaldo Alvarez.

BotafogoLopes; Rafael Marques, Asprilla (Felipe Saad) e Juninho; Ruy, Diguinho (Ataliba), Claiton, Zé Roberto e Júnior César; Lima e Reinaldo (Wando). Técnico: Cuca.

Estádio: Arena. Árbitro: Giuliano Bozzano (DF). Gols: Lima aos 23’, Reinaldo aos 38’ e aos 42’ e Zé Roberto aos 44’ do 1.º tempo; Lima aos 45’ do 2.º tempo. Amarelos: Cristian, João Leonardo (A); Asprilla, Diguinho, Reinaldo (B). Vermelho: Cristian (A). Público pagante: 14.265 pessoas (total de 16.190). Renda: R$ 258.582,50.

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