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Buenos Aires - A intempestiva viagem de Ma­­radona, para uma semana de descanso em um spa italiano, despertou uma onda de fúria entre os torcedores argentinos. A decisão do treinador de tirar uma folga no meio da crise vivida pela seleção argentina, que corre risco de não ir ao Mundial de 2010, aumentou a pressão para que ele seja demitido.

Em pesquisa realizada no site do jornal argentino Infobae, 83,2% dos participantes defende a demissão de Maradona, que é o técnico da seleção argentina há quase um ano. Para 8,6% dos internautas, ele deve continuar no cargo, mas precisa voltar imediatamente ao país. Somente 8,2% daqueles que votaram na enquete acreditam que não há nada a fazer neste momento.

Uma pesquisa do jornal La Nación também indica que os torcedores argentinos querem a demissão imediata do técnico. Segundo a enquete via internet, 85% dos participantes defendem a saída de Maradona. Mesmo porque, temem a não classificação para a Copa de 2010 – os argentinos estão em quinto lugar nas Eliminatórias, posição que dá vaga apenas na repescagem.

Enquanto a seleção argentina vive uma crise, Maradona chegou ontem ao spa Henri Chenot, na cidade de Merano, na Itália. Segun­do seu médico pessoal, Alfredo Cahe, ele foi para o local para tentar perder peso e também descansar. Ainda não há qualquer previsão para o retorno do treinador para a Argentina.

O presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA), Julio Grondona, nada disse sobre a repentina viagem de Maradona. Mas seu filho, Humberto Gron­­dona, atacou o treinador no lugar do pai. "Diego não mostrou coisa alguma como técnico!", disparou. "Acho que Maradona deveria consultar Bilardo (Carlos Bilardo, que é diretor da seleção). Ele tem muita experiência e passou por situações similares."

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