As declarações do gerente de futebol do Paraná, Marcus Vinícius, após a derrota para o Atlético por 1 a 0, neste domingo (8), não foram bem digeridas pela cúpula tricolor. Ele afirmou que o clube vai acabar até o fim deste ano caso os paranistas não se unam e deixem de vaidades.
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Apesar de reconhecer que o desabafo do gerente foi contaminado pelo calor do momento, o vice-presidente de futebol paranista, Aldo Coser, considerou as afirmações inapropriadas para o seu cargo na instituição.
"É um desabafo dele, foi no calor da hora, mas, de qualquer forma, ele não poderia ter feito essa declaração. São palavras muito fortes. Problemas financeiros nós temos, mas não compete a ele falar dessa forma", rebateu Coser, que não descartou uma possível demissão do gerente.
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"Ele desabafou de uma maneira pesada. Isso [demissão] é uma questão de ver com a diretoria, de ver o que pode ser feito. Mas acredito que não haja [a demissão], foi mais algo do calor do jogo", prossegue Coser, para quem o clube não corre risco algum de acabar, pois ainda possui patrimônios que podem ser colocados à venda em abril de 2013, o clube Tricolor precisou leiloar a sede do Tarumã para quitar dívidas.
"O Paraná não vai acabar nunca. O Paraná tem patrimônio. Se o clube vender uma sede, se for o caso, vai pagar todas as dívidas dele e ainda montar um time bom. Mas isso não é o que a gente quer. Não queremos vender sede nenhuma. A gente quer pôr o Paraná nos trilhos. Temos falta de recurso imediato, mas temos patrimônio", garantiu Coser.
Os atuais patrimônios do Paraná são a Vila Capanema (envolvida em antiga disputa judicial com a União), a Vila Olímpica do Boqueirão, o CT Ninho da Gralha (outro imóvel do clube envolvido em disputa judicial) e a sede social da Av. Presidente Kennedy.
Ainda após a derrota para o Furacão, o técnico Luciano Gusso comentou as polêmicas declarações de Marcus Vinícius. "Ele é nosso amigo, dá uma força tremenda para todos nós. O desabafo é verdadeiro, mas vamos continuar trabalhando e honrando o clube. Precisamos de verdadeiros paranistas", revelou Gusso.
O melancólico desabafo de Marcus Vinícius no domingo foi preconizado dias antes pelo capitão da equipe, o experiente meia Lúcio Flávio. Na sexta-feira (6), quando a direção decidiu que, por falta de dinheiro para pagar um hotel na cidade, o elenco não iria se concentrar para a partida com o Rubro-Negro, o camisa 10 afirmou que, caso os paranistas não se unissem, o clube não iria aguentar por muito mais tempo sem fechar as portas.
"Se não existir uma participação maior do paranista mesmo, dificilmente o clube vai aguentar muito tempo isso, já que a cada ano que passa as dificuldades aumentam", declarou o jogador, em entrevista à Gazeta do Povo.
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