Calama, Chile Quando era jogador Zetti só largava o walkman faltando poucos minutos para o início de cada partida. O então goleiro não passava sem ouvir rock, uma forma exótica no meio do futebol que encontrou para "entrar mais ligado dentro de campo".
Como treinador, ele não perdeu a prática. Mas como agora fica atrás das quatro linhas, aperfeiçoou a técnica e a utiliza com seus jogadores. Uniu a música com o vídeo como forma de motivar o elenco antes de partidas importantes. Contra o Cobreloa, deu certo.
Faltando pouco mais de uma hora para o começo do confronto, reuniu os atletas no saguão do hotel, ligou a tevê de 42 polegadas e disparou o vídeo. Imagens dos gols da equipe no Paranaense, bastidores, vestiários, abraços de jogadores, torcida enlouquecida.
A equipe saiu do hotel vibrante, e dentro de campo nem a altitude, muito menos a equipe chilena, foi páreo para o time da Vila Capanema.
"Dá mais motivação. Ainda mais que são imagens nossas, de todo o trabalho que fizemos até aqui. Mexe com a gente. E tem também as pessoas que estão torcendo por nós...", afirma Dinélson, um dos destaques do Tricolor na vitória por 2 a 0 na estréia da Libertadores.
Zetti acredita, no entanto, que só com as imagens o efeito não seria o mesmo. "Tem de ter música", diz o comandante. O vídeo exibido na quinta começava com um rock e acabava no pagode. "É o som que eles ouvem", justifica.
Para fazer as gravações, o técnico paranista utiliza sua câmera pessoal, uma handcam. Já os cinegrafistas se revezam: às vezes é o superintendente Ricardo Machado Lima, às vezes o assessor de imprensa Greyson, ou os próprios jogadores. Os gols vêem de videoteipes. E com todo o material à disposição o técnico virá editor em seu notebook.
Para a partida de volta contra o Cobreloa, o artifício deve ser utilizado novamente. Mas dessa vez, terá mais uma função, evitar a euforia exagerada na partida de quarta-feira, na Vila Capanema, o Tricolor pode até perder por um gol de diferença que estará classificado.
"Mas é mais fácil segurar a onda do que correr atrás", afirma o técnico.
Prejuízo recorde ressalta uso político e má gestão das empresas estatais sob Lula 3
Moraes enfrenta dilema com convite de Trump a Bolsonaro, e enrolação pode ser recurso
Carta sobre inflação é mau começo para Galípolo no BC
Como obsessão woke e negligência contribuíram para que o fogo se alastrasse na Califórnia