São Paulo Se o técnico Antônio Lopes realmente usa de sensacionalismo para motivar o Atlético (vendo menosprezo nos atos e frases dos são-paulinos), ganhou ontem um prato cheio.
A Conmebol e a montadora Toyota promotoras da Copa Libertadores reuniram a imprensa em um hotel paulistano para exaltar a edição 2005 do torneio. Tudo ia muito bem até Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol do São Paulo, entrar em cena. Começaram então as gafes e os ataques.
Logo após o evento, o dirigente tricolor fez questão de posar para fotos ao lado da taça de campeão do torneio continental. Bem próximo a Nicolas Leoz (presidente da confederação sul-americana), ele sorria encostado aos troféus que serão disputados hoje à noite.
A cena foi se repetindo enquanto ele sozinho dava entrevistas às redes de televisão. No foco das câmaras, o representante do clube paulista ladeado pelo cobiçado escudeto.
Enquanto falava, oscilou entre o respeito e uma certa ira pelo adversário paranaense. Quando questionado se haveria chope na comemoração do título, respondeu de forma irônica. "O São Paulo festeja com vinho", disse.
Em seguida, tentou se redimir. "A festa é o jogo. Nossa preocupação está em realizar um grande encontro esportivo. Posso assegurar que o departamento de marketing, ao contrário do que estão dizendo, nada planejou em caso de vitória. Estamos com os pés no chão", destacou.
Cunha também criticou o Furacão no imbróglio referente aos ingressos pois acabou sendo limitada a carga de bilhetes para os visitantes no Morumbi. "Estamos nos valendo do princípio da reciprocidade. Nos ofereceram 2 mil lugares com estádio vazio (no Beira-Rio). Veja bem: agora estamos dando a mesma coisa para um confronto com casa cheia."
Nem mesmo o fato de a cúpula atleticana ter dado o cano na cerimônia promovida pelos organizadores da competição (segundo a Toyota, o time curitibano teria sido chamado, mas ignorou o convite sem justificar a ausência), passou em branco."Eu não posso falar por eles... Estou aqui por uma questão de educação", destacou o representante são-paulino.
Ao ser lembrado que o treinador do rubro-negro não iria perdoar sua performace (leia-se motivando o grupo atleticano), o dirigente fez questão de dar com os ombros. "Esse tipo de doping é como ver uma comédia. Você vai no cinema e na hora dá boas gargalhadas, depois volta à realidade. Não funciona."
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