História
Vicente Feola estreou no comando da seleção vencendo o Paraguai por 5 a 1, pela Taça Oswaldo Cruz, no Maracanã (4/5/1958). Seu oitavo jogo foi a vitória por 1 a 0 sobre o País de Gales, pelas quartas de final da Copa do Mundo da Suécia (19/6/1958). Entre eles, a seleção só levou mais um gol, no 3 a 1 sobre a Bulgária, em amistoso no Pacaembu. A nona partida foi a vitória por 5 a 2 sobre a França, semifinal da Copa. Essa estatística deixa de lado os amistosos não oficiais contra Corinthians (5 a 0), Fiorentina (4 a 0) e Internazionale (4 a 0). Zezé Moreira também conseguiu a marca de dois gols sofridos em oito jogos, mas em duas passagens pela seleção, em 1952 e depois 1954.
Los Cardales, Argentina - O técnico Mano Menezes aposta em um time ofensivo, com direito ao quarteto formado por Ganso, Robinho, Neymar e Alexandre Pato, para a estreia na Copa América, amanhã, às 16 horas, contra a Venezuela. Mas é a defesa que pode assegurar a ele uma marca histórica: a de menos gols sofridos em um início de trabalho na seleção brasileira.
Por enquanto, com dois gols tomados em oito partidas oficiais (média de 0,25), está empatado com Vicente Feola na primeira passagem pela seleção, em 1958. As bolas na rede brasileira foram nas duas derrotas de Mano até agora: 1 a 0 para a Argentina, gol de Messi (17/11/2010), e 1 a 0 para a França (9/2/2011), gol de Benzema.
O treinador diz estar mudando a forma como a seleção se acostumou a defender. "O Brasil sempre se recompôs para recuperar a bola no campo de defesa. Acho que não podemos dar esse espaço para o adversário vir com a bola. Todo mundo fica bom se tiver cinco minutos para pensar. Não se pode mais dar 30 segundos para o jogador pensar", explica Mano, pregando a marcação desde a saída adversária.
Desta forma, até o quarteto ofensivo passa a ter função importante na marcação. Especialmente Robinho e Neymar, que jogarão pelos lados. "Precisam pelo menos acompanhar o lateral até a metade do campo", exige o técnico.
Após perder Ganso, que lesionou gravemente o joelho logo em seguida à vitória por 2 a 0 sobre os Estados Unidos, Mano passou a utilizar mais um volante, primeiro Elias e depois Elano. Só agora restabelece a formação com quatro jogadores prioritariamente ofensivos. Por isso tem cobrado muito a compactação da equipe nos treinos. "Ainda nos falta alguma coisa para que sejamos tão equilibrados como outras equipes. Estamos trabalhando para ganhar essa condição", admite.
Para garantir a segurança defensiva, ele aposta no vigor do zagueiro Thiago Silva e dos volantes Ramires e Lucas Leiva, aliado à experiência do goleiro Júlio César (31 anos) e do zagueiro Lúcio (33). "Às vezes ouço questionamentos sobre a idade deles, mas penso que são extremamente importantes para conduzir esse processo", afirma.
Além das duas derrotas, Mano ainda tem cinco vitórias e um empate, totalizando dez gols marcados (média de 1,25). Aí está o ponto fraco desta nova seleção, que a formação ofensiva escalada para o jogo de amanhã tentará resolver.
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