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Marcinho (Atlético)... Bill (Coritiba) ...e Guilherme Macuglia (Paraná): sem explicação para o baixo aproveitamento em jogos fora de casa | Da esquerda para a direita: Albari Rosa/ Gazeta do Povo; Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo; Daniel C
Marcinho (Atlético)... Bill (Coritiba) ...e Guilherme Macuglia (Paraná): sem explicação para o baixo aproveitamento em jogos fora de casa| Foto: Da esquerda para a direita: Albari Rosa/ Gazeta do Povo; Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo; Daniel C

Jogar fora de casa se tornou um grande martírio para os clubes paranaenses. O estado apresenta o terceiro pior retrospecto como visitante considerando os times das quatro divisões nacionais, com apenas 32,3% de aproveitamento. No cálculo, que leva em conta as nove federações com pelo menos um representante na elite do futebol nacional, o Paraná supera somente os saldos de Goiás (30,9%) e Ceará (20,7%).

Os números mostram o quanto a sina é forte. Dos 150 pontos em jogo até o momento em 2011, Atlético, Coritiba (na Série A), Paraná (Série B), Cia­norte e Operário (Série D) conquistaram apenas 43.

Se o cálculo englobar exclusivamente os números do trio de ferro, o desempenho paranaense como forasteiro despenca para 25%, pouco melhor do que cearenses e mineiros, mas a anos-luz em relação aos paulistas, de longe os que menos sentem a pressão de atuar longe de casa.

A performance ruim além das divisas estaduais, entretanto, não é novidade. Com exceção da temporada passada, quando a média de aproveitamento fora de casa foi de 37,9%, nenhuma vez nos últimos cinco anos a média de Atlético, Coritiba e Paraná esteve acima de 33% dos pontos conquistados.

Sinal de que algo precisa mudar. "De repente precisamos criar uma estratégia melhor [para os jogos] fora de casa, defender melhor para fazer o gol", diz o técnico Marcelo Oliveira, do Coritiba. No Brasileiro, o Coxa venceu apenas duas vezes em território adversário e só ganhou 23,8% do total de pontos.

"Mas ainda temos [cinco] rodadas importantes fora em que vamos buscar a pontuação", ressalta Oliveira, que vê a questão como o grande pecado para seu time estar atualmente a sete pontos do grupo da Libertadores.

Para o Atlético, o retrospecto ruim longe da Baixada determinou a entrada na briga contra o rebaixamento. O time de somou apenas oito pontos em "terras estrangeiras". O Cruzeiro, primeiro time fora da ZR (até o início desta rodada), por exemplo, ganhou 11 pontos longe de sua torcida.

Para o meia Marcinho, o mau desempenho é mais um reflexo da conturbada temporada atleticana. "Acredito que se a gente passasse por um momento melhor a equipe estaria mais tranquila para jogar fora e o rendimento dos atletas também seria melhor."

Já o volante Deivid vai na onda do azar. "Como foi contra o São Paulo [empate por 2 a 2], tivemos oportunidade de ganhar e levamos um gol no fim. Acredito que é isso que faz com que a equipe saia derrotada", afirma.

Mesmo sendo o melhor forasteiro do trio (30,9%), o Tricolor também não tem muito o que comemorar, vide o insosso empate por 0 a 0 com o laterna Duque de Caxias, terça-feira, em Volta Redonda. Nesta Série B foram apenas três vitórias distante da Vila Capanema, reforçando a sina que acompanha os paranaenses.

"Temos tentado armar a equipe para vencer os jogos, mas sem dúvida precisamos melhorar. Estamos criando oportunidades, mas não conseguimos concluir em gol. Temos de voltar a vencer fora de casa, porque faz tempo que isso não acontece", ressaltou o técnico Guilherme Macuglia.

A última vez que o Tricolor ganhou fora de casa foi no dia 23 de julho (2 a 1 sobre o Criciúma), quando ele ainda não estava no comando da equipe.

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