O Brasil não poderia ter encontrado adversário melhor para estrear no vôlei masculino na Olimpíada. Diante da fraca Tunísia, os brasileiros largaram com vitória fácil por 3 sets a 0, parciais de 25/17, 25/21 e 25/18, em pouco mais de uma hora de jogo, ontem à noite.
"Sabíamos que seria mais tranquilo, mas foi bom para tirar a ansiedade da estreia. Acho que valeu mais por isso", avalia o levantador Bruninho. Amanhã, às 18 horas (de Brasília), o compromisso será diante da Rússia, outra vez no Earls Court. Os russos bateram a Alemanha por 3 a 0 no primeiro duelo. "Aí será pedreira, um adversário forte", finaliza o jogador.
O confronto de ontem inaugurou uma nova fase na vida da seleção, diferente daquela à qual estava acostumada. Após anos de ampla dominação na modalidade foram três títulos mundiais, a medalha de ouro em Atenas (2004) e a de prata em Pequim (2008) a equipe não é favorita ao alto do pódio, mesmo ainda sendo a líder do ranking.
"Sinceramente, poucas vezes a gente entrou em um campeonato dessa forma. Acho que tira a pressão, ajuda muito saber que tem outras seleções mais visadas. Ter a carga de ter vencido uma Liga Mundial ou outros campeonatos é complicado. Temos de aproveitar isso", analisa o levantador Ricardinho.
O técnico Bernardinho, por sua vez, relativiza: "Acho que não muda muito. É bom, pois não fica aquela coisa de ter de conquistar tudo. Acho que tem muitas equipes em condições de brigar por medalha, não é uma falácia. Ser ou não ser favorito talvez apenas tire um pouco da expectativa".
Dois motivos provocam esse cenário de desconfiança. O mais evidente é o desempenho ruim na Liga Mundial deste ano, finalizada em julho, quando ficou apenas com a sexta colocação. Foi o pior desempenho sob o comando de Bernardinho.
Além do retrospecto desfavorável em quadra, o Brasil tem enfrentado dificuldades de renovação. A tal ponto de ter recorrido a jogadores experientes, já próximos do ocaso no esporte, para montar a convocação dos Jogos.
São eles o líbero Serginho, 36 anos, o levantador Ricardinho, 36, e os atacantes Dante, 31, e Giba, 35. O londrinense, talvez o principal símbolo do período vitorioso da seleção nacional, já anunciou que encerrará a carreira tão logo a competição em Londres chegue ao fim.
Ontem, Giba atuou com uma proteção na perna esquerda em fevereiro, o capitão sofreu uma cirurgia na tíbia, que pôs em dúvida sua participação nos Jogos. "Com 36 anos sempre se joga com proteção. Mas ele foi bem, teve boa participação", comenta Bernardinho.
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