Opinião - Vinicius Boreki, repórter
A vitória não esconde os erros
O Atlético mostrou eficiência diante do Iraty, mas não escondeu seus erros. A começar pelo elenco falho: apesar de ter lateral-direito de ofício no banco (Wagner Diniz), Geninho optou pelo zagueiro Manoel. O time foi pior em quase toda a partida, com exceção dos minutos após o primeiro e o segundo gols. A má pontaria dos atacantes do Azulão e a boa atuação de Renan Rocha impediram o Atlético de tropeçar duas vezes consecutivas.
Portanto, foi mais uma vitória sob o comando de Geninho sem o futebol esperado pelo técnico e pela torcida. O resultado, é claro, acalma a tensão da última semana. Quando esteve à frente do placar, o futebol do time fluiu mais naturalmente, dando mostras de que a calmaria deve fazer bem. Porém a tranquilidade pode durar pouco: só vai persistir com bom resultado diante do Paulista, na quarta-feira.
A vitória sobre o Iraty trouxe alívio ao Atlético. Os 4 a 2 conquistados nos Campos Gerais amenizaram a pressão sofrida pelo Furacão após o empate com o Corinthians-PR, quarta-feira, que resultou em quatro dispensas. Acompanhada de contratações (leia mais nesta página), a tranquilidade dos jogadores recuperada ontem será fundamental para a retomada do crescimento técnico e tático na continuidade do Paranaense e segunda fase da Copa do Brasil, já na próxima quarta-feira, contra o Paulista, em Jundiaí.
"No primeiro tempo, o time estava inseguro e a bola não rodava pelo medo de errar. Quando fizemos gols, o time jogou solto", resumiu o técnico Geninho.
Não só calma, mas faltou qualidade ao Rubro-Negro no primeiro tempo. Com isso, o Iraty foi melhor e deixou de abrir o placar por incompetência dos atacantes Willian e Eydison e a boa jornada do goleiro Renan Rocha. Na segunda etapa, quando a impaciência começava a tomar conta da equipe rubro-negra, Madson mudou os rumos da partida ao acertar belo chute na sobra do escanteio.
Após o empate do Iraty, em chute de Bruno, Nieto aproveitou escanteio cobrado pelo meia e deu a calma necessária para alcançar outros dois tentos, marcados por Guerrón e Paulinho. Quase nos acréscimos, Artur deu números finais à partida ao marcar o segundo do Azulão.
A visão de Geninho foi uma das razões dessa mudança de desempenho. Jénison deu mais dinâmica à equipe, no lugar do apagado Kléberson, e Nieto substituiu Claiton. "O bom do jogo de hoje [ontem] é que, quem entrou, esteve bem", comemorou o treinador.
Apesar da vitória e do bom desempenho de jogadores saídos do banco de reservas, o Furacão dá sinais de que precisa melhorar. E o segundo gol do Iraty, nascido de um tiro de meta, exemplifica essa situação. "Vou mexendo no time aos poucos. Foi apenas meu quinto jogo e, se for necessário, ajustes serão feitos", diz Geninho.
Para quem viveu a partida, a mudança de atitude após o intervalo indica mudanças que estão por vir. "Nós fomos alertados pelo Geninho de que nossa equipe não tinha se encontrado e mudamos a postura", diz Madson. Os dias de calmaria também trazem esperança à torcida. "A cobrança [interna] que existe será maior", resume o goleiro Renan Rocha.
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