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As três medalhistas do salto em altura: Anna Chicherova (prata), Blanka Vlasic (ouro) e Ariane Friedrich (bronze). | Wolfgang Rattay/ Reuters
As três medalhistas do salto em altura: Anna Chicherova (prata), Blanka Vlasic (ouro) e Ariane Friedrich (bronze).| Foto: Wolfgang Rattay/ Reuters

Pouco mais de um ano depois, os lábios de Blanka Vlasic voltaram a abrir-se no largo sorriso dos vencedores. A esbelta croata, prata na Olimpíada de Pequim em 2008, voou mais alto que suas rivais nesta quinta-feira (20), no Estádio Olímpico de Berlim, e se consagrou bicampeã mundial do salto em altura. Ao ultrapassar os 2,04 metros, ela deixou para trás a russa Anna Chicherova, segunda colocada, e a alemã Ariane Friedrich, concorrente considerada favorita por atuar em casa. "Estava pressionada e sabia que seria difícil", disse a campeã, aliviada e sorridente. "Foi tão duro como da primeira vez."

O duelo pelo reinado da modalidade esteve, mais uma vez, envolto numa extenuante batalha psicológica. Dessa vez, contudo, Blanka teve sabedoria suficiente para domar os nervos e, assim, conseguiu evitar a pressão que Ariane impõe às adversárias. Aferrada a um estilo agressivo, a alemã costuma desprezar etapas e opta por elevar o sarrafo a cada tentativa. Sua estratégia, bastante eficaz, induz as demais atletas ao erro.

Com o ouro assegurado, Blanka ainda tentou bater o recorde mundial, 2,09 metros, da búlgara Stefka Kostadinova desde 1987. Teve o incentivo do público, e até o de Ariane. Mas, se tal façanha vier a ocorrer, será noutro dia. Nesta quinta-feira, bastava a Blanka reencontrar o sorriso perdido: para isso, ela já tinha a medalha de ouro.

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