O fracasso dos medalhões e a nova realidade financeira diminuição orçamentária estimada em 90%, com o dinheiro disponível para administrar o futebol passando de R$ 19 milhões para R$ 10 milhões fizeram o Coritiba mudar radicalmente a essência do seu projeto de volta à Primeira Divisão. A estratégia, anunciada pelo presidente Giovani Gionédis no dia da apresentação oficial do técnico Gilberto Pereira, consiste em mesclar revelações descobertas pelo observador técnico Will Rodrigues com pratas da casa.
Para cuidar especialmente das promessas criadas no CT da Graciosa, o ex-jogador Édison Borges, 40 anos, foi promovido de treinador dos juniores a auxiliar técnico de Gilberto Pereira. Essa será a primeira experiência de Borges com os "grandões". Ele se despediu no sábado da categoria sub-20, ao perder o título estadual para o rival Atlético no CT do Caju derrota por 2 a 0. O ex-atacante Pachequinho assumirá seu lugar na base, preparando o time para a disputa da Copa SP, em janeiro.
"A expectativa é muito grande. Eu fiquei quatro anos e oito meses no júnior, conheço grande parte do atual elenco. Vou facilitar a adaptação dos garotos. Quero assessorar o Gilberto, ajudá-lo a fazer um grande trabalho aqui no Coritiba", explicou Borges, que por quase três anos duelou com o agora companheiro de comissão técnica quando Gilberto Pereira comandava o sub-20 do Iraty. "Sei que ele deposita muita confiança em mim", completou.
A amizade entre eles começou antes da troca da bola pela prancheta, há mais de 16 anos. Borges era o atacante do Coxa na apagada passagem do zagueiro Gilberto pelo Alto da Glória em 1988.
"Ainda não sei direito o que vou fazer. No campo ou viajando para observar adversários, o importante é o Coritiba. Este é o momento de se colocar o clube em primeiro lugar", admitiu ele, que dividirá o trabalho com Luís Gonsalo, ex-Adap.
Mesmo sem saber qual função exercerá na nova comissão técnica, o assistente já recebeu duas tarefas da diretoria. Borges apresentará inicialmente uma lista com seis ou sete destaque dos juniores para completar o elenco de 25 profissionais. Dirceu (volante), Nelsinho (lateral-esquerdo), Felipe (zagueiro) e os atacantes Guilherme e Alisson devem constar na relação. Paralelamente, o auxiliar tentará recuperar o prestígio de revelações como o zagueiro Douglas Ferreira, 20 anos, e o meia Marlos, 18, o "novo Alex" de Estevam Soares, ambos em litígio com a arquibancada. "A garotada precisa entender que a chance de se firmar num clube como o Coritiba não surge para qualquer um. Bem orientados, poderão ajudar muito", disse.
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