Substituído por Zetti na manhã desta terça-feira, o ex-técnico do Paraná Clube, Wagner Velloso, deixou o Tricolor de forma surpreendente e, mesmo adotando uma postura exemplar, não deixou de alfinetar a diretoria. Antes garantido, o treinador foi pego de surpresa com a ligação do gerente de futebol Beto Amorim, na noite de segunda-feira, e o fim "prematuro" do trabalho. Algumas promessas não cumpridas contribuíram para o desempenho ruim, garante Velloso.
"Desde a minha chegada aqui, até ao contrário do que me foi prometido, eu não pude contar com nenhum jogador. Não pude trazer nenhum atleta que era de minha confiança e que eu sentia necessidade dessa carência no grupo. E aos poucos ainda, do grupo que eu tinha ele foi se desmontando. A diretoria, a pretexto de dizer que estava armando a equipe para o Brasileiro, começou a afastar alguns jogadores, enfraquecendo ainda mais a equipe e infelizmente a gente não teve condições de ter um grupo forte para terminar bem o Paranaense", disse Velloso, por intermédio da sua assessoria de imprensa.
Em 13 partidas sob o seu comando, o Paraná venceu cinco, empatou três e perdeu outras cinco. O retrospecto, ainda que irregular e pouco animador, foi de encontro ao principal objetivo nestes primeiros dois meses: salvar o Tricolor do rebaixamento no Estadual.
"O principal objetivo quando eu cheguei era recuperar o Paraná. O Paraná estava em um momento muito ruim, o time tinha feito 12 partidas e só tinha conquistado 3 vitórias, estava a 1 ponto do rebaixamento. Então, o principal objetivo era evitar o rebaixamento da equipe no Campeonato Paranaense. Isso felizmente, logo na chegada nós conseguimos. Acho que o planejamento para a Série B foi interrompido", completou o ex-comandante paranista.
Zetti será apresentado na tarde desta terça-feira, na Vila Capanema, e já comanda o time neste sábado, contra o Bahia, em Salvador, na estreia pela Série B.
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