Wallyson calibra a pontaria em treino no CT do Caju: 3 gols no Brasileiro| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Atleticanas

No 4–4–2

Ontem, no primeiro coletivo da semana, o técnico Antônio Lopes mudou o sistema de jogo do Atlético. A equipe teve apenas Manoel e Rhodolfo como zagueiros. Wesley foi deslocado para o meio, ao lado de Paulo Baier, e o ataque escolhido teve Wallyson e Marcinho. Alex Mineiro está recuperado de lesão muscular na coxa direita e melhorando a condição física, mas, se for relacionado, deve ficar no banco contra o Corinthians.

Poupado

Com dores nas costas, o ala-esquerdo Márcio Azevedo não treinou com bola essa semana. Caso não se recupere, Alex Sandro deve ser utilizado.

Estreia

Pelo lado do Timão, o ex-atleticano Edno teve a presença confirmada por Mano Menezes. Na Baixada, em 2007, Edno não se firmou, sendo constantemente deslocado do meio para a ala esquerda.

CARREGANDO :)

O palco do jogo de sábado en­­tre Atlético e Corinthians não traz boas recordações para o atacante Wallyson. Foi no Pa­­caembu que o jogador perdeu duas chances cara a cara com o goleiro Felipe e colaborou decisivamente para a eliminação atleticana da Copa do Brasil – derrota para o Timão por 2 a 0 no dia 6 de maio.

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Na reta decisiva do Para­­naen­se e na partida de ida com os co­­rin­tianos (vitória por 3 a 2, na Are­­na), Wally encantou. Ga­­nhou oportunidades reais com o então técnico Geninho a partir do confronto com o ABC, seu ex-clube, também pelo mata-mata nacional.

Com dribles secos, passes precisos e gols, despontou co­­mo maior promessa do Fu­­racão para o Bra­­sileiro. No entanto, após os fatídicos lances diante de Felipe, os altos e baixos to­­maram conta do desempenho da revelação, que completa 21 anos em 17 de outubro.

O Possesso marcou oito ve­­zes na temporada. Porém, apenas três no Brasileirão – disputa na qual participou de 17 jogos, 14 como titular – coincidindo exatamente com o trau­ma pós-eliminação do Pa­­caembu.

"Tive uma lesão que me atrapalhou muito", pondera, citando um problema muscular na coxa esquerda sofrido na terceira rodada do Nacional que o afastou até a décima partida. "Essa fase já é passado e não quero nem lembrar. Agora estou focado para o Atlético terminar muito bem o Brasi­­leiro", diz, sabendo que o Fura­­cão tem o pior ataque da competição: 26 bolas na rede.

No CT do Caju, sobram ex­­plicações para o fraco desempe­­nho do jovem avante. Nin­­guém contesta o talento e o fu­­turo de Wally. Para o técnico Antônio Lopes, o jogador ainda está se adaptando ao futebol do Sul do Brasil, mesmo já estando na Baixada desde janeiro de 2008.

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"Ele (Wallyson) precisa de tempo. O futebol daqui é totalmente diferente do praticado no Rio Grande do Norte. Com tempo e paciência, tenho certeza de que vai deslanchar", ga­­rante o Delegado.

O período de adaptação tam­­bém é a explicação para questões contratuais nem se­­rem discutidas antes de 2010. O Possesso está vinculado ao Rubro-Negro até setembro do ano que vem.

"Agora só queremos que ele continue com essa fase de adaptação. Nosso foco é esse", assegura o empresário do jogador, Flávio Anselmo. Entre­­tanto, seis meses antes do en­­cerramento do contrato (em março) a promessa já poderá assinar com qualquer outra equipe. "Não vamos deixar isso ocorrer", avisa o diretor de fu­­tebol Ocimar Bolicenho.