Depois de finalmente ser oficializado como reforço do Palmeiras, o que só aconteceu na última segunda-feira, o volante Wesley foi apresentado oficialmente pelo clube no início da tarde desta terça. O jogador, que vestirá a camisa número 87, festejou o final feliz de uma longa negociação com o Werder Bremen, da Alemanha, que não facilitou a sua ida para o Palestra Itália. Ele assinou contrato para defender a equipe palmeirense até março de 2017.
A oficialização da contratação de Wesley dependia de garantias financeiras para arcar com os seis milhões de euros (cerca de R$ 14,1 milhões) cobrados pelo clube alemão para liberar o atleta. E o Palmeiras conseguiu fechar com um investidor o pagamento da primeira das três parcelas de dois milhões de euros pela aquisição do atleta, no que o clube chamou de "engenharia financeira" na última segunda-feira.
"O Werder não queria me liberar e tive que comprar essa briga. Foi complicado, paguei pela demora, mas agora já estou entrosado com o grupo e só falta colocar isso em prática. Tenho que conter a ansiedade para mostrar um bom futebol. O importante é que agora sou do Palmeiras", afirmou Wesley, que já vem treinando no clube desde o dia 24 de fevereiro.
Agora liberado para atuar, o jogador poderá fazer a sua estreia pelo Palmeiras nesta quarta-feira, contra o Paulista, às 22 horas, em Jundiaí, pela 16.ª rodada do Campeonato Paulista. Antes de estrear, porém, o jogador minimizou o fato de uma campanha via internet criada pelo clube, para angariar dinheiro para a sua contratação, ter fracassado.
"(A campanha) Foi um método novo e está válido. Se não tivesse criado essa expectativa talvez o Palmeiras não teria fechado com o investidor. Estou ciente da minha responsabilidade, motivado e disposto a brigar por posição", ressaltou Wesley, que antes de ser apresentado teve encontro com torcedores que fizeram doações via internet para a campanha pela sua contratação. Cerca de 250 pessoas marcaram presença no evento de apresentação e foram presenteadas com um kit que continha uma camisa personalizada entre os seus itens. Ele ainda jogou bolas para os torcedores, que terão o dinheiro investido na campanha devolvido pelo Palmeiras.
Wesley também fez questão de negar a condição de estrela do Palmeiras, apesar de o clube estar investindo pesado em sua contratação. "Sempre tive os pés no chão. Nunca me deixei me levar (pela fama) em nenhum momento", disse o atleta, que antes de ir jogar no futebol alemão teve sucesso com a camisa do Santos.
Já ao ser questionado sobre a possibilidade de chegar à seleção brasileira por meio do Palmeiras, ele também mostrou humildade, mas admitiu que a opção de voltar a atuar no País foi motivada, entre outras coisas, por este objetivo. "Falar de seleção ainda é cedo, primeiro tenho de jogar muita bola, mas esse foi um dos motivos para eu ter voltado para o Brasil, de pensar em seleção no futuro", disse.
Presente no evento de apresentação de Wesley, Beto Moreira, presidente da Toksai Sports, empresa que garantiu o pagamento da primeira parcela de 2 milhões de euros ao Werder Bremen, ressaltou que agora espera que o alto investimento no jogador valha a pena. "Usamos o Wesley e o Palmeiras para entrar no mercado do futebol. O esforço foi feito e agora ele vai ter de jogar. Espero que ele vá bem", disse o empresário.