O excesso de gols perdidos pelos atacantes do Coritiba pode ter feito a primeira vítima no sábado, durante o empate por 2 a 2 com a Portuguesa, no Canindé. Pelo menos para a torcida. Aborrecido com o que considerou perseguição dos torcedores que viajaram 408 km até São Paulo, William colocou o dedo indicador na boca pedindo silêncio aos coxas-brancas, que o criticavam no momento em que saía de campo para a entrada de Alberto.
"Estou chateado pelo que parte da torcida fez. Reconheço que não estava bem na partida. Sei que perdi uma ótima oportunidade de gol. Mas não é só por causa de uma atuação ruim que o torcedor vai pegar no pé", afirmou o jogador, que só fez dois gols em dez partidas com a camisa alviverde. "Até outro dia eu vinha me destacando e todos me elogiavam. Não entendi por que tudo mudou agora", completou ele, que ficou mais de dois meses se recuperando de uma fratura no pé esquerdo.
A bronca com a arquibancada, contudo, não resistiu a um banho quente no vestiário e a uma conversa com a comissão técnica. "Peço desculpa aos torcedores. Sou ser humano e sei que errei. Estava de sangue quente, no calor do jogo", disse o ex-santista, ciente de o que fazer para se reconciliar com os fãs. "Gol. O resto é entregar na mão de Deus e levantar a cabeça porque eu não sou um derrotado", comentou o centroavante.
Apesar da má pontaria da equipe, o técnico Paulo Bonamigo não acena com nenhuma troca de camisa 9. William deve ser o titular contra o Brasiliense, amanhã, às 20h30, no Couto Pereira. O outro atacante, Eanes, pode perder o lugar no time para a entrada de Edu Sales. "Quero um grupo consciente de que não ganhamos nada na competição. A mobilização continua", comentou o treinador.
Outra alteração provável é a entrada de Paulo Miranda no meio-de-campo. Recuperado de uma contusão na panturrilha direita, o volante está fora desde a derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, há 27 dias. Já o atacante Anderson Gomes (dores no joelho direito) só volta ao time sábado, contra o Sport, no Recife.
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