Roger Federer voltou a fazer história no tênis. Sem se intimidar com a pressão da torcida britânica, o tenista suíço derrotou ontem o escocês Andy Murray na final de Wimbledon, por 3 sets a 1, com parciais de 4/6, 7/5, 6/3 e 6/4, e garantiu sua volta ao topo do ranking mundial. Foi o sétimo título dele no Grand Slam inglês, disputado em Londres, igualando o recorde do norte-americano Pete Sampras.
A conquista histórica do sétimo título na lendária grama inglesa coroa a recuperação do suíço no circuito, já que não vencia um torneio deste nível desde o Aberto da Austrália de 2010. Com mais este triunfo, ele ampliou seu recorde como maior campeão de Grand Slam já são 17 troféus. Ao todo, ele soma 75 títulos na carreira, cinco deles somente nesta temporada.
Com a vitória, Federer também igualou o recorde de sete títulos do britânico William Renshaw em Wimbledon. O segundo, porém, obteve o feito na década de 1890, quando o atual vencedor disputava somente a final da edição seguinte. No caso do suíço, as conquistas anteriores aconteceram entre 2003 e 2007, além da vitória em 2009.
Aos 30 anos, Federer também igualou Sampras ao voltar ao topo do ranking. Quando a lista da ATP for atualizada hoje, o suíço passará o espanhol Rafael Nadal e o sérvio Novak Djokovic, alcançando as mesmas 286 semanas na liderança do norte-americano. O recorde à frente do ranking (ele já detém a melhor marca de semanas consecutivas) deverá acontecer sete dias depois.
Murray, por sua vez, desperdiçou a chance de encerrar um incômodo jejum dos britânicos. Um tenista da casa não levanta o troféu em Wimbledon desde 1936, quando Fred Perry foi campeão de simples. Na última sexta-feira, porém, o número 4 do mundo colocara fim ao jejum que perdurava desde 1938, ao chegar à final - o último britânico a alcançar a decisão do torneio foi Bunny Austin.
"Eu não poderia estar mais feliz. É incrível ser campeão novamente aqui", comemorou Federer, que ficou visivelmente emocionado com o feito histórico deste domingo. "É fantástico poder igualar a marca de Sampras, ele é meu ídolo", completou o suíço. Do outro lado, chorando, Murray elogiou o campeão e agradeceu o apoio que teve da torcida. "O público foi incrível. Obrigado", afirmou o escocês.
Ansiosa pela grande decisão de Wimbledon, a torcida britânica não podia esperar um início de partida melhor para Murray (4/6). O segundo set da decisão foi mais equilibrado. Os dois tenistas confirmavam seus serviços com bons saques até o 12º game, quando Federer contou com um vacilo de Murray para obter nova quebra, fechar o set e empatar o confronto (7/5).
O suíço, porém, teve seu embalo quebrado no início da terceira parcial por causa do início da chuva. A partida foi paralisada por cerca de 40 minutos para o fechamento do teto retrátil. Passado o intervalo, Federer voltou melhor e dominou o duelo até quebrar o saque de Murray (6/3). "Quando o teto fechou, ele jogou um tênis inacreditável", admitiu o escocês.
No fim, após 3 horas e 24 minutos de confronto, o suíço manteve o ritmo (6/4), ganhando a ovação do público na quadra central do All England Club.
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