Alviverdes
Dívida de gratidão
O zagueiro Maurício deve seguir o técnico Dorival Júnior indo para o Vasco em 2009. Apesar de os empresários do zagueiro acharem que o melhor seria o camisa 3 permanecer no Coritiba, o jogador alega ter uma dívida de gratidão com o treinador, com quem trabalhou no São Caetano e no Alviverde. Financeiramente, a proposta vascaína também é melhor e, conforme a reportagem apurou, o Coxa avisou que já chegou ao teto.
Outras renovações
A direção coxa negou que tenha desistido do volante Alê, que, segundo Carlos Arini, presidente do Guaratinguetá, não é procurado há 45 dias para negociar. "Não é verdade. Já mandamos proposta e contra-proposta", alega o diretor de futebol Homero Halila. As situações do lateral-esquerdo Ricardinho, do atacante Henrique Dias e dos volantes Leandro Donizete e Dirceu seguem totalmente indefinidas.
Ivo Wortmann voltou ontem ao Couto Pereira como técnico do Coritiba após sete anos. Na primeira manifestação para o público, o treinador do centenário não fez promessa de títulos e nem de grande time. Avisou que sua equipe será competitiva e usou o exemplo do Grêmio de 2008.
Wortmann também citou a saída no meio do Brasileiro-01, para o Cruzeiro, como o maior erro da sua carreira e, mesmo quando não era perguntado, citava o assunto como encerrado.
Já a direção, que não tinha Ivo como uma das principais opções, revelou quem arrumou a vinda do profissional. "Tico Fontoura (presidente do Conselho Deliberativo) foi fundamental no convencimento à direção do Juventude para liberar o Ivo", disse o diretor de futebol Homero Halila, na abertura da entrevista coletiva.
Retorno
"Gostaria de ressaltar a satisfação de estar voltando ao clube que me abriu as portas no futebol brasileiro. Fizemos um trabalho muito bom em 2000 e 2001. Antes que vocês me perguntem, em relação à saída em 2001, foi muito bem resolvida. Reconheci meu erro e me desculpei publicamente. Para mim é assunto encerrado. Voltei, as portas ficaram abertas e me sinto privilegiado de comandar a equipe em um ano muito especial."
Primeira passagem
"Tem pessoas nessa direção que trabalharam muito próximos de mim e me conhecem. Aquele fato de 2001 foi um deslumbramento de quem tinha voltado havia pouco tempo para o Brasil. Faltava maturidade."
Reação da torcida
"Somos humanos e temos o direito de errar. Foi o maior erro da minha carreira, mas é uma grandeza reconhecer o erro. Respeito o torcedor e entendo aquela reação (chuva de moedas) que fez bem para o meu ego. Se passasse despercebido quando voltei, não estariam sentindo minha falta."
Não ser a 1ª opção do clube
"No futebol todos têm preferências. Agora, se a direção me trouxe é porque confia no meu trabalho."
Esquema de jogo
"Tenho a filosofia em relação ao 352, que necessita de zagueiros com qualidade na saída de bola. Assim, no meu conceito, os alas têm de ter característica de meias. Se não você pode ficar com cinco defensores. Dependendo das características dos jogadores, podemos usar."
Saída do Juventude
"Tinha palavra de continuidade. Coloquei para o Coritiba que só sairia se o Juventude concordasse. As coisas evoluíram bem. Não foi a primeira vez, quando fui para o Dínamo de Moscou (2005) e para o Al Wahda (2007) foi tudo também feito em alto nível. Tanto que voltei da mesma forma que estou retornando agora no Coxa."
Pressão no centenário
"Lidar com pressão todos no futebol sabem que é preciso. Temos de nos preparar, não se promete, se trabalha para conquistar. É um dever ter um acompanhamento constante das equipes. Vi muitos jogos do Coritiba e há muita qualidade no elenco. Não existe grupo fechado, vamos qualificar ainda mais. Agora vou ficar aqui dois dias, me dedicando ao máximo para pegar todas as informações de quem conviveu no dia-a-dia com os jogadores. Já começaremos o ano sem perder tempo."
Libertadores e títulos
"As equipes do Paraná já disputaram a Libertadores e o Coritiba tem condições. É preciso formar um time competitivo. Hoje, você não precisa ter grandes jogadores para ter um grande time. O importante é o equilíbrio entre a qualidade e a competitividade. O caminho mais curto para a Libertadores é a Copa do Brasil. É importante um bom planejamento e ter a base definida desde o início."
Fracassos no centenário
"O Atlético-MG, que fez cem anos, não fracassou só por azar. Não planejaram muito bem. Tem de se organizar e ter muito critério nas contratações. Não é só trazer por trazer. O planejamento envolve o que o futebol exige de um jogador em termos de competitividade. No início deste ano, ninguém colocava o Grêmio com possibilidade de chegar à Libertadores. Com um coletivo forte, chegou."
Elenco 2009
"Não temos de valorizar as perdas. É preciso valorizar as presenças. Em relação às carências e a uma avaliação maior do grupo, isso ocorrerá de forma interna."
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Interatividade
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