O chefe-executivo da Associação Feminina de Tênis (WTA, na sigla em inglês), Larry Scott, admitiu nesta segunda-feira que o Torneio de Dubai corre o sério risco de deixar o calendário de competições da organização, após os Emirados Árabe Unidos terem negado o visto de entrada da jogadora israelenses Shahar Peer, número 45 do ranking mundial, para disputar a competição.
Scott alegou que o impedimento da entrada de Peer ameaça o princípio que esporte e política não devem se misturar. O dirigente disse ainda que a WTA está estudando "que tipos de sanções serão consideradas apropriadas pelo que ocorreu, incluindo se o torneio terá lugar no calendário do ano que vem", respondeu Scott em entrevista por telefone.
Os Emirados Árabes Unidos não possuem relações diplomáticas com Israel, mas israelenses têm entrado no país para eventos econômicos e esportivos utilizando passaportes de outros países. Em algumas ocasiões, portadores de passaportes israelenses tiveram permissão para participar de reuniões realizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) ou de outras agências internacionais.
No caso de Peer, não se sabe se ela viajaria com passaporte israelense. Oficiais dos Emirados Árabes não comentaram a decisão. No ano passado, a tenista rompeu barreiras no Catar, ao ser a primeira mulher israelense a disputar um torneio da WTA no Golfo Pérsico.
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