Atleta treina na rampa da BMX vertical em Foz do Iguaçu| Foto: Christian Rizzi/ Gazeta do Povo

Agenda

Os atletas competem para valer a partir de hoje em Foz. Duas finais serão disputadas:

Skate Big Air (18h30)

Uma das competições mais esperadas. A prova, originalmente programada para fechar o dia de competições, teve de ter o horário antecipado por causa da umidade que poderia afetar as condições da pista no fim da noite. Os oito competidores descem a MegaRampa com cerca de 25 m de altura. Após o primeiro salto, ainda aterrissam em outro halfpipe (pista em formato de U) para uma nova manobra. Bob Burnquist é a grande estrela da disputa. Outros dois brasileiros competem: Rony Gomes e Edgar Pereira. A presença do norte-americano Tom Schaar, de apenas 13 anos, chama a atenção.

Moto X Enduro (20 h)

As finais feminina e masculina ocorrem hoje. Os motociclistas vão encarar uma corrida em uma pista de terra repleta de obstáculos como pedras, lenhas, poças e pneus. Entre os homens, 24 pilotos participam da disputa – quatro brasileiros. Já a competição entre as mulheres contará com dez atletas – três brasileiras.

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Quatro dias intensos de competições com os melhores atletas do mundo nos esportes radicais. É o que o X Games promete oferecer em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado. A abertura do evento ocorreu na quarta-feira (17) à noite em cerimônia na usina hidrelétrica de Itaipu, mas é a partir desta quinta (18) que os competidores entram em ação nas arenas montadas na cidade da fronteira.

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A competição, que começou a ser disputada em 1995, é considerada uma "Olimpíada" para os competidores do skate, motocross, ciclismo BMX e rali. Já consagrado no Estados Unidos, os jogos radicais iniciam um processo de expansão global.

Em vez de três edições por ano – duas de inverno (em Aspen-EUA e Tignes-FRA) e uma de verão (em Los Angeles-EUA) –, o X Games passa a ter em 2013 seis disputas anuais. Foz do Iguaçu é uma das novidades no circuito, ao lado de Barcelona (ESP) e Munique (ALE).

O objetivo da organização ao ampliar o alcance da competição não é nada modesto: tornar-se um evento esportivo conhecido por todos, com repercussão menor apenas do que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.

Dentro do ousado projeto, a cidade paranaense será a primeira testada. "Queremos que os esportes de ação cresçam e era fundamental para nós vir para o Brasil. É um país que gosta destas atividades. Era uma prioridade estar aqui com a estrutura completa dos Jogos", diz o norte-americano Scott Guglielmino, vice-presidente de programação da ESPN, organizadora do X Games.

Na disputa interna brasileira, Foz deixou para trás Rio de Janeiro e São Paulo. As Cataratas do Iguaçu, um dos grandes trunfos do município na efetivação da escolha, será o pano de fundo para as disputas do skate e BMX vertical (disputado em um halfpipe).

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A cidade, que terá o evento também em 2014 e 2015, quer se beneficiar justamente da divulgação desta e outras atrações turísticas para o mundo. A ESPN norte-americana, por exemplo, vai exibir 23 horas de programação ao vivo até o próximo domingo. A disputa será televisionada para 184 países e estima-se que chegue a 430 milhões de domicílios. Um estudo realizado em Los Angeles mostrou que o retorno em imagem para uma cidade-sede do X Games pode chegar a US$ 50 milhões, número que a secretaria de Esportes de Foz usa como base.

"Temos a oportunidade única, o privilégio de começar a expansão global dos Jogos. É um desafio maior, a responsabilidade pesa, no entanto, há a chance de nos tornarmos uma referência", analisa o diretor-geral do X Games Foz, Guilherme Cozza.

"Precisamos ajudar a levar a cultura dos esportes radicais para todas as partes do mundo. Vamos começar aqui pelo Brasil e será um marco para nós", destaca o piloto de rali Ken Block, um dos cerca de 200 atletas que vão tornar Foz do Iguaçu, pelo menos até domingo, o centro mundial dos esportes radicais.