Grupo mundial
Espanha e Argentina ficaram mais perto de fazer a decisão da Copa Davis nesta temporada. Ontem, os dois países venceram os seus jogos contra França e Sérvia, a atual campeã, respectivamente, e abriram 2 a 0 na série melhor de cinco partidas das semifinais da competição. Hoje, nos duelos de duplas, já podem garantir a classificação de forma antecipada.
O jogo de duplas virou a jogada que pode significar um xeque-mate do Brasil no confronto com a Rússia pela repescagem do Grupo Mundial da Copa Davis. O primeiro dia de confronto, ontem, em Kazan, terminou empatado em 1 a 1. Assim, a partida de hoje, a partir das 7 horas (de Brasília), de Bruno Soares e Marcelo Melo contra os russos Igor Kunitsyn e Dmitry Tursunov, será crucial para a equipe brasileira mostrar se tem condições de integrar a elite da competição no próximo ano.
"Virou um ponto chave do confronto. Ainda será difícil vencer os russos se levarmos a vitória na dupla, mas já cria uma circunstância diferente, uma vantagem que fatalmente vai jogar algum tipo de pressão na equipe deles", afirma o capitão da equipe brasileira, João Zwetsch.
Bruno Soares utiliza a experiência dos últimos confrontos da repescagem para mostrar a importância de vencer nas duplas. Contra o Equador, em 2009, o Brasil foi surpreendido no jogo de sábado e os adversários levaram uma vantagem psicológica para o dia decisivo. "A vitória nas duplas altera toda a questão de motivação da equipe. A nossa chance de levar esse confronto com os russos passa por derrotá-los no jogo de amanhã [hoje]", diz o mineiro, 22.º colocado do ranking mundial de duplas.
Altos e baixos
O começo do confronto, ontem, foi frustrante para o Brasil. Ricardo Mello, 120.º colocado do ranking, não causou dificuldade para o forte russo Mikhail Youzhny, que é número 32 do mundo: 6/0, 6/2 e 6/1. "Ele passou por cima", admite o brasileiro.
Mas Thomaz Bellucci, 38.º colocado do ranking, mostrou um apetite incomum e entrou em quadra na sequência disposto a não dar nenhuma chance a Igor Andreev, número 81 do mundo, a surpresa armada pelos russos para o primeiro dia de jogos. Com a tática certa e sem perder a intensidade, aplicou 6/4, 6/3 e 6/3. "Joguei o meu melhor tênis", empolgou-se Bellucci, que enfrentará agora Youzhny no jogo inicial de amanhã. "Sei que tenho totais condições de conquistar outra vitória no domingo [amanhã] e levar o Brasil à classificação."
O modo como Bellucci venceu é que deixou uma boa impressão. João Zwetsch mostrou confiança no pupilo. "Thomaz hoje pode bater qualquer um se jogar o seu melhor tênis".
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