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Rio de Janeiro – O técnico que suceder Carlos Alberto Parreira no comando da seleção brasileira terá de "engolir" o coordenador Zagallo. O coordenador técnico na fracassada campanha no Mundial da Alemanha disse ontem, no Rio de Janeiro, que não pensa em deixar seu cargo. "Eu não estou acostumado a largar o osso", resumiu o Velho Lobo.

Zagallo manifestou o desejo de não deixar a seleção quando um repórter perguntou a Parreira se ele gostaria de ocupar o cargo de coordenador técnico caso Vanderlei Luxemburgo ou Paulo Autuori – os nomes mais cotados até o momento – seja confirmado para assumir a equipe.

"Você está me excluindo disso", interrompeu Zagallo, em uma das suas poucas intervenções na entrevista coletiva realizada em um hotel da capital carioca. O mais provável, porém, é que o tetracampeão mundial (duas vezes como jogador, uma como técnico e outra na função de coordenador) ocupe um cargo honorário na CBF, afastado do dia-a-dia da seleção e sem a necessidade de viajar muito.

Parreira, por sua vez, desconversou e reafirmou que as decisões dependem da vontade do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.

Apesar de ser carta fora do baralho no futuro da seleção, o atual treinador só vai anunciar seu desligamento depois que o dirigente voltar da Alemanha, onde vai acompanhar os quatro últimos jogos do Mundial.

Ontem, no entanto, Parreira indicou várias vezes sua saída da seleção. "Quando ele (Teixeira) voltar é que vamos anunciar a minha...", afirmou, interrompendo a frase e corrigindo. "Só vou tomar qualquer decisão depois de conversar com o presidente", disse, retomando o discurso oficial.

Em outro momento, deixou bem claro que não será o responsável por conduzir a renovação da equipe: "Quem seguir nesse barco, não interessa quem continua ou não, já começa a projetar alguma coisa para a Copa de 2010."

Parreira também disse que ninguém está mais triste do que ele pela eliminação brasileira e voltou a pedir para que nenhum jogador seja crucificado pelo revés. O alvo do apelo dessa vez foi o lateral-esquerdo Roberto Carlos, criticado por arrumar as meias enquanto Henry entrava pelo seu setor para fazer o gol francês.

"Não vamos arrumar um bode espiatório onde não existe. Nós perdemos, a França ganhou. Se ninguém errasse e todo mundo fosse perfeito, todos os jogos seriam 0 a 0. Foi uma falha, sem dúvida. Um dia vou conversar com ele para saber o que houve", afirmou.

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