No momento em que a equipe do Trieste, de Santa Felicidade, mais precisou do zagueiro Flamarion em campo, os italianos não puderam contar com a presença dele. O xerifão da zaga triestina acabou se lesionando na reta final da Suburbana de Curitiba e desfalcou a equipe. Para piorar, o jogador teve que ver da arquibancada a perda do título da Suburbana, que pela primeira vez ficou com o Bairro Alto, depois do empate em 1 a 1 na finalíssima com o Trieste.
Mas o destino não foi de todo ingrato com o zagueiro de 1,89 metro. A boa temporada pelo time de Santa Felicidade despertou curiosidade no outro lado do mundo. Nesta segunda-feira (19), Flamarion embarca para a cidade de Mascate, em Omã, onde jogará pela equipe do Al-Ahli-Sidab. A viagem de 15 horas de voo não levará o zagueiro somente ao milionário futebol árabe. Também será a porta de entrada do retorno de Flamarion ao futebol profissional.
"Estou me preparando aos poucos com a cultura, comida e com a nova amizade de dois jogadores brasileiros que vão jogar comigo na luta para escaparmos do rebaixamento", afirma o jogador sobre os desafios que enfrentará no país árabe. Flamarion também vai enfrentará um clima de inverno, com temperatura que chegam a 8 graus, além do improviso com a língua árabe.
RodadoCuritibano do bairro Boqueirão e filho do árbitro Luiz Carlos Pinto de Abreu, Flamarion começou nas categorias de base do Atlético, em 1996. Depois passou por Iraty, Rio Branco e Francisco Beltrão como profissional.
Em 2000, levantou o caneco com o Beltrão na conquista da Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense. No ano seguinte, durante uma partida contra o Coritiba, no Couto Pereira, o Beltrão perdeu por 3 a 1, sendo rebaixado. Ele fez o gol de pênalti do time do interior, teve atuação destacada na derrota e acabou chamando a atenção de um olheiro do Vitória de Guimarães, de Portugal.
Em três temporadas em terras lusitanas, Flamarion foi eleito já na primeira temporada o segundo melhor zagueiro do Campeonato Português pelo jornal A Bola. Além do Vitória de Guimarães, Flamarion também se aventurou pelo Estrela Amadora, de Portugal, e ainda foi jogar na Coreia do Sul pelo Daejeon Citizen, em 2004.
Em 2006, voltou ao Brasil e numa brincadeira com amigos, perdeu a oportunidade de vestir a camisa do Pescara, da Itália. "Fui fazer uma pelada com amigos e acabei estourando o ligamento cruzado do joelho. Fiquei um ano e meio parado", contou o jogador.
Na volta a Curitiba, Flamarion sofreu preconceito por ter uma idade avançada. Sem propostas, em 2011 o zagueiro trocou as chuteiras por sapatos lustrados e foi trabalhar numa marcenaria como vendedor de ferramentas. Por ironia do destino ele foi visitar um cliente que era diretor do Trieste e acabou sendo contratado para jogar a Suburbana. "Era um líder em campo e agora está retornando ao futebol profissional", aponta Jaziel Baioni, presidente do Trieste, porque decidiu contratá-lo.
"Ele fez muita falta na fase final. É um zagueiro de presença de área, bom marcador e fez seis gols pela nossa equipe", afirma o treinador Rossano.
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