Zagueiro fujão reforça turbulência rubro-negra

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O técnico Geninho anunciou após a derrota para o Fluminense que o zagueiro Danilo não joga mais com ele. Ontem foi a vez do próprio jogador – que abandonou a concentração no sábado, horas antes da partida – afirmar que não vestirá mais a camisa atleticana.

Em entrevista à Rádio Banda B, Danilo admitiu que sua atitude não foi profissional. Mas alegou ter mais coisas por trás dela do que a decepção por ter sido barrado: um momento pessoal conturbado e problemas com o presidente do Conselho Deliberativo, Mário Celso Petraglia.

"Foi uma atitude errada, concordo com isso. Mas não estou vivendo um bom momento em campo, não estou conseguindo ajudar. E também atravesso um sério problema particular. Não estou com a cabeça 100% voltada para o clube e acho que nesse momento o Atlético precisa de jogadores 100% focados", declarou o jogador, titular desde que foi contratado, em 2005.

Ele garantiu que sua divergência é apenas com uma pessoa. "Quero deixar bem claro que não tenho problema nenhum com o Geninho. Nem com o (vice-presidente de futebol, Marcos) Malucelli. O meu problema é simplesmente com o Petraglia", afirmou, acrescentando que terá uma reunião com o dirigente para acertar sua saída. "Vivi momentos bons nesses três anos. Apesar de a torcida agora estar pegando no meu pé, não tenho nada o que reclamar dela. Vou ficar torcendo, mas infelizmente não continuarei mais."

A origem da rusga com o cartola foi a negativa da venda para o Lokomotiv de Moscou, na janela de transferências internacionais entre julho e agosto. "Apareceu uma coisa muito boa para mim e para o clube. Ele tinha prometido que iria fazer o negócio e acabou não fazendo. Isso me deixou muito chateado. Mas mesmo assim continuei jogando, como sempre joguei. Jogos bons, jogos ruins. Mas não foi só por causa disso...", disse o zagueiro, deixando no ar a resposta.

Danilo só não quis revelar qual situação particular estaria atrapalhando seu desempenho, "para não parecer desculpa". "Estou com problemas, mas todo mundo tem. Não vou me esconder atrás disso. Por isso não gostaria de falar."

Pênalti inexplicável

Ninguém no clube entendeu a atitude do atacante Rafael Moura ao meter explicitamente a mão na bola na área e dar a chance ao Flu de empatar, e depois virar, a partida. Desta vez foi ele que acabou repreendido duramente por alguns companheiros. Mas intra-muros, ao contrário do que fez na semana passada, ao criticar publicamente o desempenho de Ferreira e Alan Bahia, gerando mal estar no elenco. O jogador também seria chamado para prestar esclarecimentos perante a comissão técnica e a diretoria.