Consagrado como goleiro, Zetti assumiu o comando do Paraná na tentativa de decolar como treinador. Confira o bate-papo com o comandante tricolor.
Você passou um dia conhecendo o clube. O que te chamou a atenção?Tem uma estrutura fantástica, uma condição muito boa para as categorias de base, uma sede incrível... E também a Vila Capanema. Um estádio aconchegante, bonito, e com número suficiente de torcedores para fazer com que seja o nosso caldeirão. Com 20 mil pessoas, vamos jogar realmente em casa. Tenho certeza de que a Libertadores vai ser jogada ali.
Como você vê a Libertadores?É um torneio rápido e relativamente fácil de chegar à final. Você não pode dar exibição, tem de chegar ao campo, olhar o regulamento e jogar por ele. Tem de jogar para passar de fase. É para times guerreiros, competitivos.
Você prefere jogar contra um argentino fora ou na altitude?Não tem outra opção (risos)? Depende do time argentino e de onde vai jogar na Argentina. Agora, a altitude é difícil. Tem de estar muito preparado. A vantagem é se você consegue manter um equilíbrio físico e alcançar um resultado fora de casa. Quem joga na altitude está acostumado a abrir vantagem para depois se segurar no jogo de volta.
O que te atraiu no Paraná?O clube e eu procuramos nos afirmar no cenário nacional. O clube é composto por pessoas de ideal, dinâmicas, tanto na diretoria quanto nos investidores, com ambições. Espero fazer parte disso aí e fazer crescer também o clube.
Quando o Atlético te convidou há dois anos para treinar o time, você disse não estar preparado. O que mudou de lá para cá?Estudei bastante, fiz alguns cursos, faculdade (vai trancar no 2.º semestre do curso de Tecnologia em Gestão do Esporte pela Universidade de São Marcos), estou voltado diretamente ao futebol e isso me deixou muito mais preparado. E você tem de estar feliz no que está fazendo. Naquela época, não estaria. Agora, vou me entregar ao máximo ao Paraná.
O que você traz do Telê Santana, seu técnico por tantos anos?O Telê era muito chato dentro e fora de campo, exigente. Eu sou um pouco assim também. Cobro profissionalismo. Às vezes gosto de ficar treinando e achar que o cara vai chegar à perfeição, mesmo sabendo que é difícil.
Como é o Zetti treinador?Sou muito profissional, não tenho cor de camisa. Passei por muitos lugares. Não trabalho com o sentimento. Isso é bom. Faço o que a cabeça manda, o que acho que é certo desde o momento em que chego ao clube.