Zico fetesja com Alcindo (7) e Romário gol dos Amigos do Japão. Ao fundo, o técnico atleticano Adilson Batista, dos Amigos do PR| Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo

Antes do Jogo da Solidariedade, que reuniu astros do futebol em prol das vítimas das en­­chentes no litoral paranaense e do terremoto e tsunami no Japão, ontem, na Arena da Baixada, o ex-jogador do Fla­­mengo e da seleção brasileira Zico concordou com as críticas do presidente da Fifa, Joseph Blatter, em relação aos atrasos das obras para a Copa de 2014, no Brasil.

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Na semana passada o dirigente afirmou que o Brasil está mais atrasado do que a África do Sul no mesmo período antes do Mundial de 2010 e chegou a falar que "o Brasil pensa que a Copa é depois de amanhã, mas é amanhã."

Na coletiva de imprensa antes da partida, o Galinho de Quintino disse que, em função de seus projetos pessoais, tem viajado às cidades-sede do Mundial brasileiro. E que não tem visto evolução nas obras. "Acredito que as críticas do Blatter não se referem apenas a estádios, mas também à infraestrutura, como aeroportos. A gente não pode ter aeroportos com apenas duas pistas, de pouso e decolagem. É muito pouco", enfatizou o craque.

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Futebol

Zico também revelou que não pretende mais trabalhar diretamente com futebol. Prova­­velmente por mágoas das duas últimas experiências dele no esporte: como técnico do Olym­piakos, da Grécia, e como dirigente do Flamengo.

Na equipe grega, ele foi notificado da demissão por um oficial de Justiça. Já no Rubro-Negro carioca, onde é o maior ídolo da história, enfrentou problemas de relacionamento com outros dirigentes. Desta forma, a intenção do ex-jogador é se dedicar integralmente ao projeto social que comanda, Escola Zico 10, que trabalha com crianças carentes.

"Não tenho mais intenção de trabalhar como técnico. Meu projeto agora são as escolas de futebol. Além de ajudar ex-jogadores que precisam, como fizemos ano passado com o Washington e o Zé Car­­los", revelou.

Em 2010, Zico doou R$ 50 mil da renda do Jogo das Estrelas, que reúne craques do passado, ao ex-atacante Wa­­shington, ídolo de Atlético e Fluminense na década de 80, que sofre de esclerose, e o mesmo valor à família do ex-goleiro flamenguista Zé Carlos, que morreu de câncer em julho do ano passado.

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O amistoso terminou empatado por 5 a 5. Pelos Amigos do Japão, atuaram nomes como Zico, Romá­rio, Dunga e Washington. Nos Ami­­gos do Paraná, Raí, Adilson Batista, Ricardo Pinto, Paulo Baier, Paulo Rink, Oséas e Pachequinho.