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O destino deu um inesperado presente ao técnico do Fluminense, Renato Gaúcho, nesta quarta-feira, minutos depois do fim do treinamento no CFZ, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. O treinador já estava deixando o clube quando foi surpreendido pela chegada de Zico, seu ídolo desde a infância. Emocionado, Renato fez questão de abraçar o ex-companheiro de Flamengo e acabou tendo o seu trabalho como técnico reconhecido pelo Galinho.

- O Renato tem capacidade para dirigir a seleção brasileira. Ele está certo de correr atrás desse sonho. Tem pouco tempo de carreira e já conquistou a Copa do Brasil, um título importantíssimo. Além disso, esteve perto de levar outros. Eu tanto aprovo o trabalho dele que certa vez o convidei para dirigir o CFZ. Ele é que não quis - revela, brincando com o amigo.

Renato confirma a história.

- Sou muito grato pela lembrança dele. Na época, não aceitei, mas fiquei feliz pelo convite. Seria uma honra trabalhar com ele, porque o Zico é meu ídolo desde criança. E não posso reclamar da vida. Consegui muito mais do que eu pensava. Quando pequeno, queria apenas jogar ao lado do Zico. E, graças a Deus, fui além disso. Não só joguei com ele, como conquistei ao seu lado um título nacional (Campeonato Brasileiro de 1987) - afirma o agora treinador do Fluminense.

O reencontro foi emocionante. Depois de atenderem a imprensa, Zico e Renato Gaúcho conversaram por cerca de 10 minutos. Colocaram o papo em dia e trocaram confidências. Na hora de se despedir da imprensa, o Galinho voltou a elogiar o ex-companheiro de Flamengo.

- Ele era um jogador extremamente profissional. A fama de galã atrapalhou um pouco, porque impediu que as pessoas o conhecessem de verdade. O Renato gostava de sair, mas sempre puxou fila no treino às 8 horas da manhã. Ele era aplicado, mostrava isso nos treinos e, principalmente, nos jogos. Por isso teve tanto sucesso. E agora, por causa dessa seriedade, vem conseguindo sucesso como treinador - elogia.

Ao lado de Zico, Renato Gaúcho nem parece Renato Gaúcho. O jeito descontraído sai de cena e dá lugar à inibição. Como uma criança que admira seu ídolo, o técnico tricolor conta como era jogar ao lado do mestre.

- Ele dizia para eu não recuar muito, porque ele é que mandava lá atrás, no meio-campo. E gritava para eu ficar lá na frente. O Zico era um gênio, e eu não podia desrespeitá-lo. Desse jeito, conseguimos muitas vitórias. Se existissem mais Zicos no futebol de hoje, eu teria menos cabelo branco na cabeça. Seria muito mais fácil ser técnico - brinca.

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