Para muitos torcedores, Zico era a maior – talvez a única – esperança de unir todas as correntes políticas e de reerguer o Flamengo. Mas nem ele, maior ídolo da história rubro-negra, conseguiu tocar o projeto de estruturar e dar mais credibilidade ao clube. Em quatro meses como diretor-executivo, conviveu com críticas internas e acusações não comprovadas de que um de seus filhos estaria envolvido em transações de jogadores do time. Ontem, magoado, pediu demissão.

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"Morreu no meu coração esse Flamengo de hoje que está representado por essas pessoas, algumas delas que nem sequer conheço e atuam dentro do clube como se fossem os donos", relatou Zico. Ele se refere principalmente a Leonardo Ribeiro, conhecido como Capitão Léo, ex-chefe de torcida organizada e atual presidente do Conselho Fiscal.

Ribeiro levantou suspeitas sobre a participação de Bruno Coim­­bra, filho de Zico, em contratações, e sobre a parceria do Rubro-Negro com o CFZ, clube fundado pelo ex-craque e que agora é gerido por uma empresa. A acusação é de que a aproximação teria sido prejudicial ao time da Gávea.

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A presidente do clube, Pa­­trí­­cia Amorim, promete anunciar o substituto para o Galinho na próxima segunda-feira. A grande me­­ta do ex-jogador era construir o CT do Flamengo para revitalizar as categorias de base do clube.