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Reinventar-se para permanecer atual, competitivo, perene. Esse é o atual recorte do mercado de lançamentos imobiliários em Curitiba que, assim como as demais atividades empresariais, ajusta-se ao cenário econômico nacional. Adaptação, esta, bastante positiva. O que se tem visto é uma gradual redução das unidades em estoque e uma adequação no perfil dos empreendimentos, com menos unidades, embasados em projetos que privilegiam eficiência em espaço e uso dos recursos naturais e elevação do padrão de acabamento.

É possível afirmar que, nesses cinco anos, o setor percorreu um ciclo completo, proporcionando diversidade de oferta de imóveis para o comprador, desenvolvimento de nichos e fomento à produtividade da cadeia da construção civil. A abertura de linhas de crédito imobiliário nos últimos anos e a migração de diversas pessoas para a classe média, fez com que, num estágio inicial, as construtoras e incorporadoras direcionassem os seus lançamentos para esse público.

Somos otimistas quanto às perspectivas para o setor da construção civil nos próximos anos. Esperamos que os impasses do cenário político e econômico nacional estejam equacionados, oferecendo condições mais propícias ao investimento privado, inclusive no mercado imobiliário

O mesmo aconteceu no segmento econômico em função do programa Minha Casa Minha Vida, especialmente nas regiões metropolitanas das capitais do país. Melhor atendida essa demanda, e em virtude das mudanças nas regras para concessão do crédito imobiliário pelos bancos, essas empresas redirecionaram a atenção para as tipologias de imóveis chamadas especiais, voltadas aos investidores e para o segmento de alto padrão e luxo, menos dependentes do financiamento. Já é possível observar indícios de retomada dos empreendimentos familiares, para nichos específicos.

O momento atual é de oportunidades, especialmente para o comprador. Ele pode encontrar o imóvel novo na localização e com as características que deseja, dentro da sua capacidade financeira, sem precisar esperar para mudar. Algumas empresas estão oferecendo condições bastante atrativas de preço e pagamento. Quem esperar, vai acabar pagando mais pelo mesmo imóvel. O preço dos imóveis novos continua a ser reajustado e não deve baixar, em função da curva ascendente de valor dos insumos.

Somos otimistas quanto às perspectivas para o setor da construção civil nos próximos anos. Esperamos que os impasses do cenário político e econômico nacional estejam equacionados, oferecendo condições mais propícias ao investimento privado, inclusive no mercado imobiliário. Isso, somado a um maior ajuste entre oferta e demanda de imóveis disponíveis no mercado e à recuperação dos níveis de emprego e consumo, deve impulsionar o lançamento de novos empreendimentos, que foram represados pelas construtoras e incorporadoras nos últimos anos.

O horizonte é bem menos gris do que se pinta. Vale usar o hoje para, com olhar crítico, avaliar as ações e estratégias que funcionaram ontem, e as que não foram tão bem, e a partir dessa reflexão promover melhorias, buscar novas soluções, pensar em alternativas originais. Olhar o mesmo por outro ângulo e ouvir atentamente o consumidor. Quem fizer isso primeiro, mais cedo removerá os obstáculos e ingressará num novo ciclo virtuoso. Ver além da muralha é preciso!