Benefícios oferecidos pelas empresas como planos de saúde e odontológicos, vales alimentação e refeição e bolsas de estudo sempre foram grandes atrativos para o candidato na hora da contratação ou para o trabalhador permanecer na empresa.
Em algumas situações, esses ganhos são determinantes na escolha pelo local de trabalho. A auxiliar administrativa Francisca Adriana Gomes de Oliveira, 26 anos, trabalhava em uma empresa que oferecia plano de saúde corporativo, mas não estava satisfeita com a cobertura, pois, segundo ela, a maior parte dos médicos da cidade onde mora (Joinville – SC) não eram credenciados. Quando optou por um novo trabalho, o plano de saúde foi determinante. “Recebi duas propostas de trabalho e o valor do salário era igual, mas uma das empresas não oferecia plano de saúde. Optei pela outra”, explica a atual colaboradora da Fibrasca, fabricante de travesseiros na cidade catarinense.
Seu colega de trabalho, o analista de crédito Erick Souza da Luz, de 22 anos, está há seis anos na empresa e passou por uma transição no plano de saúde ofertado: o atual, segundo ele, tem mais especialistas e clínicas credenciadas, o que acaba sendo um fator positivo da mudança, reconhece. “Ninguém quer ficar na dependência de ter que contar com a saúde pública, que está bem complicada no Brasil”, pondera.
A coordenadora de Recursos Humanos da Fibrasca, Roberta da Luz, conta que foi necessário mudar de operadora para poder continuar atendendo os colaboradores. “O plano de saúde é muito importante para os funcionários e, por isso, não foi cogitado o corte do benefício. A Agemed, atual operadora, oferece as mesmas condições que a anterior e o custo para a Fibrasca diminuiu consideravelmente”, salienta.
Ganhos para ambos
Atualmente, a Fibrasca conta com 215 colaboradores e 95% utiliza o benefício do plano de saúde oferecido pela Agemed, contratada há três anos. A empresa paga integralmente a mensalidade dos funcionários e, caso queiram incluir dependentes no plano de saúde, os valores são cerca de 75% menores do que a contratação de forma particular.
Em todo o Brasil, os planos corporativos são responsáveis pela cobertura de mais de 65% da fatia atendida por operadoras e seguradoras no país. Na Fibrasca, esse investimento representa a segunda maior despesa com colaboradores depois do salário, atesta Roberta. “Fizemos uma análise de mercado e encontramos uma operadora que oferecia a mesma cobertura médica por um custo bem mais competitivo e interessante para a empresa”, explica.
De acordo com a coordenadora do curso de Gestão de Recursos Humanos da Universidade Positivo, Deise Leia Hofmeister, devido à desaceleração da economia, as empresas perderam capital ativo e não conseguiram manter seus principais benefícios. “Mas o plano de saúde é um dos benefícios mais importantes para o colaborador. Ele se sente vinculado ao trabalho e melhora significativamente a percepção do empregado em relação à empresa”, pondera.