Um estudo recente do LinkedIn – a maior rede social direcionada a conexão de profissionais em todo o mundo – mostrou que 92% dos recrutadores consideram que as habilidades intrapessoais e interpessoais são tão ou mais importantes do que o conhecimento técnico para o futuro colaborador de uma empresa. São qualidades que devem andar juntas para compor o perfil de um profissional que deseja se destacar no mercado de trabalho. Atento a esse movimento do mercado, os alunos do Grupo Marista contam com uma grade curricular que prevê esse tipo de formação desde a educação básica.
O que no mundo corporativo é conhecido pelos termos “soft skills” (habilidades pessoais e emocionais) e “hard skills” (conhecimento técnico), no Marista os estudantes desenvolvem estas habilidades e competências a partir de situações práticas e teóricas, dentro da sala de aula, nas disciplinas das chamadas Future Skills.
As Future Skills são trilhas de conhecimento que fazem parte da grade curricular e visam estimular o desenvolvimento de soft e hard skills, preparando os estudantes para a sociedade e para o mercado de trabalho do futuro. O preparo também envolve experiências internacionais, como a high school, que está disponível para quem deseja obter dupla diplomação (Brasil e Estados Unidos) ou cursar a faculdade no exterior.
O coordenador do Ensino Médio do Colégio Marista Paranaense, Marco Antonio Boin, explica que o objetivo da instituição é oferecer aos estudantes uma formação integral, oferecendo, além das disciplinas acadêmicas típicas do Ensino Médio, uma abordagem contemporânea do currículo escolar, visando desenvolver as habilidades e competências exigidas no século XXI.
Desde a 1.ª série do Ensino Médio, os alunos têm conteúdos como mindset de aprendizagem e pensamento crítico, criação de jogos, storytelling e comunicação, negociação e persuasão, redes sociais e marketing digital, entre outras. “São questões que eles vão precisar na dinâmica pessoal e profissional”, salienta. Segundo Boin, são matérias que vão desafiar os estudantes a desenvolver a capacidade em outras áreas e que são exigidas no cotidiano.
Na prática, Boin conta que os estudantes do Ensino Médio fazem uma trilha de aprendizagem, num total de cinco semestres. Durante esse período, a partir de metodologias ativas e experiências práticas, eles são estimulados a desenvolver o pensamento crítico, trabalho em equipe, liderança, inteligência emocional, empreendedorismo, além de tantas outras qualidades que são exigidas dos profissionais atualmente.
As Future Skills foram implantadas em 2021 e os resultados já são perceptíveis entre os estudantes, segundo o coordenador. “É necessário pensar fora da caixinha”, salienta Boin, ressaltando que, assim como as competências técnicas, essas habilidades também podem ser desenvolvidas em sala de aula. Ele destaca a importância do aprendizado desta forma mais abrangente, para que esteja associado também à capacidade do aluno de fazer a gestão das próprias emoções e de se relacionar em equipe e em sociedade.
Além disso, indo ao encontro da proposta marista, os estudantes conseguem colocar em prática o que aprendem no colégio. Boin explica que, todos os anos, os estudantes do ensino médio “adotam” alguma instituição para prestar serviços solidários. Essa ação é feita em parceria com a Equipe de Pastoral da Instituição. “O objetivo é ir muito além do assistencialismo”, pontua o coordenador.
As competências intrapessoais e interpessoais serão cada vez mais valorizadas, não apenas pelo mercado de trabalho, mas pelo modelo de sociedade atual. O conhecimento técnico continuará sendo essencial, mas a preparação histórica e o repertório desenvolvido ao longo da vida serão o grande diferencial.