As despesas na educação de um filho, do berçário até a conclusão da faculdade, chegam a comprometer 25% do orçamento de boa parte das famílias em Curitiba. Naquelas onde há mais de uma criança ou adolescente em instituições de ensino privadas, esse cálculo não chega a dobrar, mas aumenta significativamente. A conta é do especialista em finanças pessoais, o professor da FAE Carlos Roberto Oliveira de Almeida Santos.
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De acordo com o especialista, esse porcentual é a média de recursos destinados para a educação entre famílias com rendimentos entre R$ 6 mil e R$ 25 na capital paranaense. No cálculo, o professor considera, além das despesas com a mensalidade escolar, gastos com cursos de idioma, esportes e até mesmo um intercâmbio internacional – que já é visto como um artigo de “necessidade” em muitos lares. “Para o brasileiro, a educação é vista como a principal herança deixada pelos pais”, afirma. E, mesmo em momentos de crise econômica, como agora, a educação, de acordo com Santos, é o “último item a ser eliminado” do orçamento.
Em 2014, o banco HSBC – que até então ainda possuía sede no Brasil – contratou o Instituto Ipsos para fazer uma pesquisa global sobre educação. O levantamento mostrou que o brasileiro é o que mais se preocupa com a educação e que considera que pagar escola é o melhor investimento na vida dos filhos.
Foram entrevistadas pessoas de 15 nacionalidades diferentes. Para 79% dos brasileiros a educação é vista como um investimento futuro, contra 58% na média global dos demais entrevistados.
A pesquisa “O valor da educação: trampolim para o sucesso” ouviu 4.592 pais em 15 países: Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Hong Kong, Índia, Indonésia, Malásia, México, Cingapura, Taiwan, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.