Curitiba conta com 495 escolas particulares de ensino básico – do berçário até o final do Ensino Médio –, com diferentes metodologias, aulas diferenciadas no currículo e abordagens específicas. Colocar tudo isso na balança e definir qual delas apresenta o melhor “custo-benefício” é um trabalho que exige muita pesquisa e planejamento.
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O gerente comercial Rodrigo Fernandes, 28 anos, pai da Beatriz, 7 anos, optou por colocar a filha na escola onde ele mesmo estudou, próximo a sua casa e onde já conhecia bem a rotina e os professores. “Muito mais do que uma grande estrutura, o colégio precisa ter bons profissionais”, avalia. A localização foi um item essencial para Fernandes, que compartilhada a guarda com a mãe da menina, mas é o responsável por levá-la e buscá-la todos os dias.
A pedagoga Acedriana Vicente Sandi, diretora pedagógica da Editora Positivo, que é especialista em metodologia de ensino, orienta que durante a pesquisa pela escola mais adequada, os pais devem analisar a instituição no seu conjunto, levando em consideração espaços físicos, metodologia e até mesmo o posicionamento da instituição, entre outros aspectos. “O que deve ser assegurada é a qualidade e a confiabilidade do conteúdo a ser trabalhado, bem como a compreensão de que mesmo a ciência pode ter mais de um ponto de vista. E ambos devem ser respeitados”, pondera.
Criança de fases
A diretora explica que, para cada fase da vida escolar, é necessário um olhar específico sobre o que é mais relevante naquele momento. Itens como infraestrutura, formação e experiência dos docentes, segurança, higiene, rotinas de trabalho são detalhes que devem ser observados em todas as etapas, mas tem um destaque especial para quem busca uma instituição para atender bebês ou crianças até os 3 anos. “É importante transitar pela escola para observar a energia do ambiente e das pessoas, além do trato com as crianças”, destaca.
Os pais devem observar se a metodologia e o material proposto pela escola são parecidos com o que eles tiveram. Se a resposta for sim, eles devem eliminar essa escola da lista. A escola que não se reinventou nos últimos 10 anos não merece ser eleita para seu filho
De acordo com Acedriana, a escola de Educação Infantil precisa oferecer um espaço amplo e lúdico para que as crianças possam aproveitar o tempo em ambientes diferentes, com propostas de trabalho bem dirigidas. “Isso envolve, arte, culinária, música, além das atividades em sala de aula”.
A transição da criança da Educação Infantil para o Ensino Fundamental deve ser uma “passagem natural”, afirma a diretora. “É sempre muito oportuno levar a criança para conhecer esse novo espaço, a fim de que sua vontade seja aguçada. A boa adaptação da criança ao espaço e à proposta é mais de meio caminho andado para seu êxito escolar”, enfatiza.
A partir do 6.º – o Ensino Fundamental 2 – Acedriana orienta os pais a ficarem atentos à forma como a escola se propõe a ensinar. “Essa geração tem uma modelagem cerebral que envolve múltiplos canais. E isso requer que o projeto pedagógico da escola considere novas e alternativas formas para se aprender, que inclui conteúdo digital, impresso e pressupõe muita interação entre alunos, professores e o que se pretende ensinar”, salienta.