Crianças emitem sinais claros quando algo vai mal na relação com a escola| Foto: Bigstock
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Com a aproximação do final do ano, é natural do ser humano fazer avaliações e balanços de tudo que passou e projetar os rumos para o próximo ano. Essa análise inclui a relação com a escola em que os filhos estudam. Questões como notas baixas, valor da mensalidade, sinais de rebeldia ou de insatisfação por parte da criança são alguns dos motivos que levam os pais a avaliar a permanência na instituição de ensino.

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Andréa, que é mãe de duas crianças de 6 e 9 anos, está fazendo esse tipo de avaliação há alguns meses. Apesar de os filhos gostarem do colégio onde estão matriculados, ela está insatisfeita com relação ao conteúdo programático, que, segundo ela, deixa a desejar em áreas como a Língua Portuguesa. 

Outra crítica de Andréa se deve à forma da escola na hora de corrigir os alunos. Para ela, a instituição deveria seguir uma linha mais conservadora. “A direção da escola já deixou claro que não diz para a criança que ela errou. E não é isso o que eu quero. Eles precisam saber quando estão errados e isso também é papel da escola”, relata. 

Depois de visitar diversas instituições de ensino em Curitiba, Andréa decidiu manter os dois filhos no colégio para o próximo ano. “Eu constatei que esse é um posicionamento geral nas escolas de Curitiba. As falhas são as mesmas. Como a atual instituição prega uma visão mais humana do mundo, eu e meu marido achamos melhor deixá-los ali, porque outros locais estimulam demais a competitividade. Mas, para resolver o que me incomoda, terei que correr por fora”, afirma. 

Alerta 

De acordo com a psicopedagoga Isabel Parolin, quando há algum problema entre a criança e a escola, o estudante dá sinais de alerta. Já se não for esse o caso, se o que estiver desgastada é a relação da família com a instituição, corre-se o risco de o problema se repetir em outro local. 

Isabel classifica a relação entre família e colégio como uma “parceria”. “A família firma uma parceria com a escola na formação do seu filho. A escola é parceira, mas o trabalho e a responsabilidade sobre o resultado final são da família”. 

A psicopedagoga destaca que, nessa hora, devem ser considerados aspectos objetivos – localização, prédio, metodologia, sistema de avaliação – e aspectos subjetivos, se a criança gosta da instituição e se sente bem ali. 

 Fique atento 

- Notas baixas 

- Choro, rebeldia ou escândalo na hora de ir para a escola 

- Metodologia e valores diferentes daqueles que a família busca 

- Vínculo da criança com os professores e com os amigos 

- Situações de bullying 

- Incompatibilidade com a cultura da escola