Os amigos e o vínculo com a escola são os principais critérios na hora de optar por permanecer na escola . | Foto: Bigstock 
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Geralmente é a aproximação do Ensino Médio ou no temido ano do vestibular que muitas famílias enfrentam uma decisão difícil: a de manter o estudante na escola onde ele passou grande parte da vida – às vezes, desde o berçário – ou mudar para um colégio maior, com mais tradição na preparação do aluno para o concurso.

A família Romero da Cruz passou por essa situação duas vezes e, nas duas, optou por deixar os filhos decidirem. O mais velho, João Vitor, hoje com 21 anos, preferiu cursar o Ensino Médio com os amigos no Colégio Nossa Senhora do Rosário, onde estudou o Ensino Fundamental inteiro. Já a irmã mais nova, Maria Vitória, optou por mudar e se preparar em uma instituição focada no vestibular.

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“No meu caso, o que pesou foram as amizades. Eu sabia que tinha capacidade de passar no vestibular”, conta João Vitor, que hoje cursa Sistemas de Informação na Universidade Positivo, mas na época foi aprovado em todas as faculdades particulares onde participou do concurso.

Maria Vitória, que seguiu outro caminho, também não se arrepende da decisão. “Eu saí porque eu queria passar em um curso mais concorrido, que exigia maior foco no vestibular”, relata a estudante, está no terceiro ano do Ensino Médio e pretende disputar uma vaga no curso de Medicina. “Outro vantagem dos cursinhos pré-vestibulares é o fato de os professores conseguirem terminar o conteúdo didático antes das provas dos vestibulares”, analisa.

Prós e contras

No processo para decidir quais os prós e os contras para cada situação aparecem inúmeros fatores, que vão desde a história do aluno na instituição, os objetivos dele depois do ensino básico, a adaptação a um método de ensino diferente e até mesmo a rede de relacionamentos construída ao longo do tempo. 

Para a professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Ettiene Guérios doutora em Educação e Ensino, não existe resposta certa nesse momento. Uma das poucas certezas, afirma, é o corpo docente de cada um dos colégios avaliados. “Os professores são o fator mais importante na hora da decisão”.

Ettiene enfatiza que, independentemente de qualquer mudança, é da natureza do jovem se adaptar aos diferentes ambientes. Porém, o tempo de adaptação varia de uma pessoa para outra, principalmente nos casos dos estudantes que precisam se adaptar a um novo ambiente escolar ou uma nova metodologia, situação comum na transição de uma instituição de pequeno porte para outra, com grande público.

E no que diz respeito aos resultados, à aprovação no vestibular, Ettiene lembra que alguns números são relativos: “Escolas grandes aprovam mais, mas é importante lembrar que o número de matriculados é muito maior também”, ressalta, destacando que, proporcionalmente, colégios menores também podem apresentar bons índices de aprovação.

Na balança 

Para tomar a decisão, pais e estudantes devem pesar cinco pontos primordiais: 

Metodologia: Sair de uma escola com metodologia específica (seja Waldorf, sócio-interacionista, montessoriana, etc) para um cursinho, onde o aprendizado é mais dinâmico e “mastigado” pode ser um choque para o aluno. Vale à pena pesquisar e tentar entender que nem sempre o mesmo método é o melhor para todos.

Amizades e história: Sentir-se confortável com as pessoas e estar em um ambiente familiar é uma das vantagens de estudar na mesma instituição por muito tempo. Também não é necessário aquele tempo de adaptação que uma mudança de ares exige. 

Professores: Nem sempre os professores mais bem qualificados estão nos colégios mais conhecidos. 

Acordo familiar: Não adianta decidir sozinho qual o melhor colégio para o seu filho. Se ele não participar da decisão, pode não aceitá-la e isso só complicará a transição. Como sempre, o diálogo é a melhor solução para, em conjunto, encontrar a instituição mais adequada para esse momento.