O investimento em massa na eletrificação da frota do transporte coletivo é uma medida importante para o Brasil? Essa foi a principal questão abordada no 4º episódio do Metrocast, que teve a participação do CEO da Metrocard, Ayrton Amaral Filho
“Quantos danos ainda serão causados por estas políticas sonhadoras antes que sejam descartadas pela realidade?”, questionou um estudo da consultoria McKinsey a respeito de medidas de mitigação dos impactos ambientais que não geram o efeito esperado. Entre elas, é possível mencionar o investimento em ônibus elétricos no Brasil.
O país se comprometeu a reduzir a emissão de gases de efeito estufa de 37% para 48% até 2025. E, em 2030, de 50% para 53%. Reconhecido pela sua matriz energética limpa – 85% de fontes renováveis, como usinas hidrelétricas, solares e eólicas –, a adoção em larga escala dos ônibus elétricos seria o caminho mais adequado?
O CEO da Metrocard, Ayrton Amaral Filho, defende que a troca dos veículos convencionais pelos motores mais modernos Euro 6, que diminuem a emissão de poluentes, já seria capaz de contribuir para atingir as metas estabelecidas pelo Brasil. Essa medida não alteraria a rotina do transporte, pensando na autonomia de veículos, necessidade de paradas para reabastecimento e aporte na troca para ônibus elétricos, cujo custo varia de 3 a 4 vezes acima de um veículo tradicional.
Enquanto se discute a troca de motorização, o número de viagens realizadas pelo transporte coletivo no Brasil é inferior ao do período pré-pandemia. São 34,2 milhões de deslocamentos diariamente, segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).
Isso significa que há mais pessoas usando o transporte individual, especialmente as motos, refletindo a necessidade de tornar o transporte coletivo mais atrativo. “O fato da motorização ser essa ou aquela é absolutamente irrelevante para o passageiro. Para ele, o mais importante é chegar mais rápido, ter mais oferta e horários e mais segurança em todo o seu trajeto. É para isso que deveriam se destinar os investimentos dos recursos públicos”, afirmou Amaral Filho no 4º episódio do Metrocast.
Acompanhe na íntegra este bate-papo! Em breve, teremos novas edições do Metrocast.
Enquanto isso, aproveite para assistir os episódios já lançados: