O nível de satisfação de um povo é capaz de revelar se o governo local investe para elevar a qualidade de vida da população ou está apenas preocupado em se manter no poder. Há dez anos, o Relatório Mundial da Felicidade traz o “ranking de felicidade dos países” a partir de dados de pesquisas globais para relatar como as pessoas avaliam suas próprias vidas em mais de 150 nações. Com o impacto das emoções na saúde da população, questões como felicidade, espiritualidade, psicologia positiva e neurociência se tornaram foco dos debates acadêmicos.
No relatório, que conta com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), a Finlândia aparece como o país mais feliz do mundo por cinco anos consecutivos. Já o Brasil ocupa a 38.ª posição no ranking. Na América do Sul, o Uruguai é o país com melhor classificação.
O assunto não é novo. Desde a Grécia Antiga os filósofos argumentavam sobre a importância de se trabalhar as emoções, o equilíbrio entre o corpo e a mente e coisas do gênero.
Conheça o curso de especialização Inteligência Espiritual, Carreira e Sentido da Vida da PUCPR
Hoje, porém, com a vida acelerada, o excesso de informação, a hiperconectividade, situações que foram agravadas ainda mais com a pandemia de Covid-19, impulsionaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) a realizar este ano a maior revisão mundial sobre saúde mental desde a virada do século, convocando governos, profissionais de saúde, sociedade civil a desenvolver uma ação conjunta na tentativa de reverter as estatísticas atuais que mostram existir quase um bilhão de pessoas com algum tipo de transtorno mental no mundo.
Os cientistas resgataram o interesse pelo assunto e o impacto que as emoções podem ter em uma pessoa ou em uma sociedade hoje é amplamente estudado em universidades e fóruns de debates, dentro e fora do Brasil. Na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), por exemplo, existem vários cursos de especialização com essa abordagem, como é o caso da pós-graduação digital Inteligência Espiritual, Carreira e Sentido da Vida.
Um dos objetivos é estudar a atração emocional e física que conecta pessoas, impacta a vida em sociedade e afeta diferentes fases dos ciclos vitais. Um dos professores do curso é Gustavo Arns, idealizador do Congresso Internacional da Felicidade. Para ele, a felicidade é uma questão de política pública, pois as pessoas só serão mais felizes a partir do momento em que estiverem vivendo em uma sociedade mais justa, pacífica e com menos desigualdades econômicas e sociais.
Já o sociólogo italiano Domenico De Masi, que também é professor no curso da PUCPR, aborda questões práticas relacionadas à carreira e à empregabilidade frente às mudanças tecnológicas. Autor do conceito do “ócio criativo” nos anos 2000 – a ideia de que o equilíbrio entre o trabalho e o lazer é mais benéfica para a criatividade do que a exaustão –, De Masi propõe a reflexão sobre as novas formas de produção, com menos horas trabalhadas, em uma sociedade tecnologicamente mais produtiva e menos dependente do trabalho humano para evitar o desemprego massivo.
Para ele, o avanço da tecnologia vai permitir à humanidade se libertar de tanto trabalho e aproveitar melhor o tempo livre.
Conheça outros cursos da Pós PUCPR Digital